XV DE PIRACICABA

Um semestre difícil

Possibilidade de grandes apoios parece pequena pelos lados do Barão

José Ricardo Ferreira
ricardo.ferreira@gazetadepiracicaba.com.br
22/05/2018 às 09:06.
Atualizado em 19/04/2022 às 02:40

Terça-feira, 22 de maio de 2018 Longe dos gramados desde o dia 4 de abril, quando perdeu por 1 a 0 a semifinal para o Guarani, em Campinas (SP), em partida válida pelo Campeonato Paulista da Série A-2, o XV de Piracicaba tem poucas expectativas para um segundo semestre promissor. O presidente do clube, Celso Christofoletti, tem dito, informalmente, a amigos, que se o clube não conseguir apoio e patrocínios para a Copa Paulista de 2018, que começará em agosto, terá como única solução escalar o sub-20 para a competição. O campeão da Copa Paulista tem direito a uma vaga no Campeonato Brasileiro da Série D de 2019. Campeão da Copa Paulista de 2016, o XV disputou a Série D no ano passado, mas fez uma campanha ruim e foi desclassificado na primeira fase. O ano não tem sido dos melhores para o clube piracicabano. Após ser desclassificado na semi da A-2, que valia vaga na A-1 de 2019, o XV se deparou, em abril, depois de seis anos tentando reverter o quadro, com a determinação da Fifa, em última instância, para que pagasse o Ludogorets, da Bulgária. Desta forma, nesse mês teve que ressarcir em R$ 386 mil o clube europeu em decorrência do “caso Paulinho”, ex-atacante do Alvinegro que em 2012 não cumpriu o contrato com o clube búlgaro. A consequência foi uma multa pesada para o XV e o risco de ser automaticamente rebaixado para a Série A-3 de 2019. Nesta segunda-feira (21), Celso, por meio da Assessoria de Comunicação do clube, disse que o XV está em busca de parcerias para formar o elenco que disputará a Copinha. De acordo com o dirigente, mesmo se montar um time profissional, vai buscar garotos no sub-20. “Esperamos definir essa questão até o fim da primeira quinzena de junho. Isso envolve também a definição de um novo treinador”, declarou Celso. Se depender das contas do clube, o torcedor deve ter realmente pouca esperança. O “caso Paulinho” rendeu gastos de mais de R$ 600 mil nos últimos seis anos. No ano passado, o déficit foi de R$ 858 mil. O próprio presidente do clube já disse que sua missão é salvar o XV e não buscar títulos. Garotos continuam buscando a sorte Oito garotos da base do XV de Piracicaba buscam a sorte em times de maior expressão pelo País. Uma parte é formada por atletas que ainda não possuem contrato profissional e o XV possui uma porcentagem dos direitos econômicos futuros: Mateus Oliveira (goleiro, 2002) e Kaique Ferraz (zagueiro, 2001) no Palmeiras; Gabriel Fernando (goleiro, 2002) definindo contrato com a Ponte Preta. Também há os emprestados (atletas que já possuem contratos profissionais e um valor de compra estipulado para uma porcentagem dos direitos econômicos): Carlos Eduardo (zagueiro, 2001) e Grígor Fernandes (volante, 2001) no Corinthians; Kaio Ellyson (zagueiro, 2000) no Palmeiras; Bruno Moraes (meio-campista, 1999) e João Henrique Veras (atacante, 2000) no Grêmio. “Isso é muito importante para o clube, que conta com jogadores em times que disputam várias competições de alto nível ao longo do ano, não só no Brasil, mas no exterior, o que contribui demais para a formação integral desses atletas. Além, claro, da possibilidade de um retorno do investimento feito pelo XV”, disse o diretor das Categorias de Formação do Alvinegro Piracicabano, Matheus Bonassi Semmler.

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