O fabricante de automóveis Volkswagen (VW) suspendeu suas metas anuais, nesta quinta-feira (16), após a estrondosa queda de 80% de seu lucro operacional no primeiro trimestre, devido à pandemia da COVID-19
O fabricante de automóveis Volkswagen (VW) suspendeu suas metas anuais, nesta quinta-feira (16), após a estrondosa queda de 80% de seu lucro operacional no primeiro trimestre, devido à pandemia da COVID-19.
Nesse contexto, a montadora prevê a reabertura progressiva de suas fábricas a partir de 20 de abril.
"Devido aos acontecimentos atuais", as metas para 2020 "não podem mais ser alcançadas", afirma a Volkswagen em um comunicado.
De janeiro a março, o lucro operacional caiu quase 80%, a 900 milhões de euros, e o volume de negócios do grupo retrocedeu 8%, a 55 bilhões de euros, apontam dados divulgados antes do que o previsto.
As vendas despencaram em março nos principais mercados europeus, onde as medidas de restrição de movimento paralisaram a vida cotidiana.
O fabricante perdeu 2,5 bilhões de euros de liquidez entre janeiro e março, motivo pelo qual sua "maior prioridade é preservar a liquidez".
A pandemia da COVID-19, explica o grupo, provocou a paralisação quase total das vendas de automóveis, uma queda na demanda, dificuldades de entregas, assim como paradas na produção e tem "um impacto considerável nas atividades da Volkswagen".
A VW prevê, no entanto, retomar "progressivamente" sua produção, a partir de 20 de abril, em suas fábricas de Bratislava e Zwickau, na Alemanha.
Na semana seguinte, deve reabrir em outras unidades alemãs, assim como nas de Portugal, Espanha, Rússia e Estados Unidos.
África do Sul, Argentina, Brasil e México serão os próximos, em maio.
Apesar dos "desenvolvimentos positivos na China", que mostram que uma "volta à normalidade e uma reativação da economia são possíveis este ano", "o impacto da pandemia sobre a demanda, a cadeia de abastecimento e sobre a produção não pode ser estimado atualmente", explica a Volkswagen.
A companhia considera "impossível" dizer quando publicará novas previsões anuais.
De acordo com seu CEO, Herbert Diess, a interrupção da produção custa cerca de 2 bilhões de euros por semana ao grupo.
Os analistas da Moody"s preveem, em 2020, uma queda de 14% no setor automobilístico mundial.
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