INTERNACIONAL

Voo humanitário vai repatriar australianos em navio ancorado no Uruguai

O governo do Uruguai autorizou a chegada de um voo humanitário na quinta-feira para repatriar passageiros australianos e neozelandeses do navio de cruzeiro ancorado por dias na costa de Montevidéu, informou nesta terça-feira (7) o Ministério das Relações Exteriores uruguaio

AFP
07/04/2020 às 17:51.
Atualizado em 31/03/2022 às 03:39

O governo do Uruguai autorizou a chegada de um voo humanitário na quinta-feira para repatriar passageiros australianos e neozelandeses do navio de cruzeiro ancorado por dias na costa de Montevidéu, informou nesta terça-feira (7) o Ministério das Relações Exteriores uruguaio.

"O governo autorizou o desembarque e a decolagem de um voo charter em 9 de abril. Este é um avião médico contratado pela companhia de cruzeiros Aurora para repatriar passageiros australianos e neozelandeses no navio Greg Mortimer", segundo o comunicado da chancelaria.

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Talvi, informou através do Twitter que a operação é possível "após intensas conversas e estreita cooperação com o governo australiano".

Antes, a companhia de navegação australiana Aurora Expeditions, dona do navio, havia relatado que os passageiros australianos "provavelmente voltarão para casa quinta ou sexta-feira", acrescentando que estava sendo solicitada a permissão do governo australiano para que os neozelandeses pudessem viajar no mesmo avião. Ainda não se sabe o que acontecerá com os passageiros europeus e americanos.

A empresa também revisou para cima o número de infectados com a COVID-19 para 128, dos 81 confirmados na segunda-feira, e disse que 89 apresentaram resultado negativo para o vírus.

No entanto, o governo uruguaio opera com base em que todas as pessoas que viajam no navio de cruzeiro estão contaminadas.

"Embora existam muitos negativos nos exames iniciais, estamos trabalhando na hipótese de que todos estão infectados ou contaminados", afirmou Talvi na segunda.

O Greg Mortimer, com bandeira das Bahamas, com mais de 200 passageiros e tripulantes a bordo, está ancorado a cerca de 20 km do porto de Montevidéu há mais de uma semana.

Até agora, o governo uruguaio só permitiu o desembarque de seis pacientes "com risco de vida". Segundo a imprensa local, são três australianos, dois filipinos e um britânico que estão sendo tratados em hospitais particulares da capital uruguaia.

A Aurora Expeditions informou nesta terça que os seis evacuados "se encontram estáveis".

Diego Estol, diretor do Hospital Britânico - onde quatro desses pacientes estão hospitalizados - declarou que dois estão em terapia intensiva e os outros dois estão em salas especiais com suporte respiratório.

"Até hoje, podemos dizer que eles se encontram estáveis, e alguns com algum elemento de melhora significativa", disse à rádio local.

Segundo a companhia de navegação, entre os passageiros e a tripulação que ainda estão confinados ao navio, "não há casos de febre".

O AirbusA340 que executará a evacuação foi recondicionado para a tarefa. "Ele está configurado com instalações médicas e será gerenciado de acordo com o atual protocolo Covid-19 para garantir a saúde e a segurança de todos a bordo", relatou a Aurora Expeditions.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por