A polícia russa abriu nesta segunda-feira uma investigação contra uma especialista em epidemias, que deu positivo para o coronavírus, que violou a quarentena obrigatória e continuou trabalhando após uma viagem ao exterior
A polícia russa abriu nesta segunda-feira uma investigação contra uma especialista em epidemias, que deu positivo para o coronavírus, que violou a quarentena obrigatória e continuou trabalhando após uma viagem ao exterior.
O Comitê de Investigação russo informou em comunicado que a mulher esteve de 6 a 9 de março na Espanha, um dos principais focos de coronavírus na Europa, sem notificar seus superiores.
Esta professora da Faculdade de Doenças Infecciosas da Universidade de Stavropol (sul) também é especialista nesse tipo de patologia no Ministério da Saúde, segundo o comunicado.
Ao retornar da Espanha, a especialista não cumpriu a quarentena obrigatória de 14 dias que as autoridades russas haviam imposto em 5 de março para interromper a pandemia.
"Essa mulher continuou sua vida normal: ministrou cursos na universidade, participou de conferências e visitou instituições e organizações", disse a polícia russa.
Em 17 de março, foi hospitalizada devido à deterioração de sua condição de saúde e, quando foi submetida a exames, verificou-se que havia contraído a Covid-19.
Ela agora é acusada de "negligência" e de "colocar em risco a vida ou a saúde de outras pessoas", crimes pelos quais poderia ser sentenciada a cinco anos de prisão se for reconhecida a eventual morte ou doença grave de outras pessoas ligadas à sua atitude.
As autoridades locais indicaram que cerca de 350 pessoas que estiveram em contato com ela estavam em observação. Entre elas, 11 são suspeitas de terem contraído o vírus.
Segundo o último balanço da autoridades, a Rússia tem 438 casos confirmados.
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