O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) declarou, nesta sexta-feira (31), "procedente" solicitar à Itália a extradição de Rafael Ramírez, ex-presidente da estatal petroleira PDVSA acusado de corrupção no país caribenho e colaborador próximo do falecido líder socialista Hugo Chávez
O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) declarou, nesta sexta-feira (31), "procedente" solicitar à Itália a extradição de Rafael Ramírez, ex-presidente da estatal petroleira PDVSA acusado de corrupção no país caribenho e colaborador próximo do falecido líder socialista Hugo Chávez.
Ex-chefe da PDVSA (2004-2014) e ex-ministro do Petróleo (2002-2014), Ramírez foi um dos homens de confiança do ex-presidente Chávez (1999-2014), mas no final de 2017 rompeu com seu sucessor, Nicolás Maduro, renunciando ao cargo de embaixador da Venezuela na ONU.
Em 2018, o Ministério Público anunciou que pediria uma ordem de prisão contra Ramírez e a emissão de um alerta vermelho da Interpol, por investigações em torno de um plano de corrupção, o que desencadeou processos judiciais com dezenas de ex-executivos petroleiros venezuelanos presos.
Com o aval do TSJ, segundo a lei, o MP tem passo livre para tramitar perante a Itália o pedido de entrega de Ramírez. O mais alto tribunal venezuelano já havia declarado "procedente" em 2018 uma solicitação de extradição da Espanha.
Segundo o procurador-geral Tarek William Saab, Ramírez estaria envolvido no desvio de centenas de milhões de dólares através de operações de mediações de compra-venda de petróleo com uma perda de ativos de US$ 4,8 bilhões.
O ex-chefe petroleiro chamou as acusações de "infames" e as considerou uma "retaliação" por suas críticas a Maduro.
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