Ao menos sete pessoas morreram e 1.000 foram hospitalizadas após um vazamento de gás em uma fábrica química no sudeste da Índia, anunciaram as autoridades, que temem o agravamento do balanço de vítimas
Ao menos sete pessoas morreram e 1.000 foram hospitalizadas após um vazamento de gás em uma fábrica química no sudeste da Índia, anunciaram as autoridades, que temem o agravamento do balanço de vítimas.
O acidente aconteceu durante a noite na fábrica da LG Polymers India, nas proximidades da cidade industrial e portuária de Visakhapatnam, no estado de Andhra Pradesh.
A situação está "controlada", anunciou em Seul a empresa sul-coreana LG Chem, matriz da LG Polymers India.
A empresa e as autoridades locais não revelaram que tipo de gás vazou da fábrica.
Imagens exibidas pela televisão mostram vários corpos nas ruas próximas à fábrica, de onde saía uma espessa coluna de fumaça.
"A situação provocada pelo vazamento de gás está controlada e avaliamos todas as opções para atender rapidamente todos os que sofrem devido à inalação de gás", afirmou a LG Chem em um comunicado.
O gás escapou de dois tanques com capacidade para 5.000 toneladas que estavam sem vigilância devido à redução das atividades provocadas pelo confinamento decretado para conter a pandemia do novo coronavírus, em vigor na Índia desde o final de março, anunciou a polícia.
O gás ficou no local "por causa do confinamento. Isso levou a uma reação química, produziu calor dentro dos tanques e o gás vazou por causa disso", disse o policial Swaroop Rani à AFP.
"Chegamos lá imediatamente. Era possível sentir o gás no ar e não era possível para qualquer um de nós ficar lá por mais de alguns minutos", completou Rani.
A polícia e os serviços de emergência retiraram entre 3.000 e 4.000 pessoas de um raio de 1,5 km ao redor da fábrica.
Os moradores da região alertaram a polícia às 3H30 locais de quinta-feira (19H00 de Brasília, quarta-feira).
"Até o momento podemos confirmar sete mortos", declarou à AFP RK Meena, comandante da polícia de Visakhapatnam.
"Quatro pessoas morreram no hospital. Duas pessoas morreram quando tentavam sair da cidade. Uma caiu em um poço e outra do quarto andar de um edifício", completou,
Ao menos 1.000 pessoas feridas foram internadas, afirmou o médico B K Naik, coordenador dos hospitais do distrito, que teme o agravamento do balanço.
"No momento do acidente, muitas pessoas estavam dormindo", disse Naik, antes de informar que os serviços de emergência organizavam buscas de vítimas casa por casa.