O comitê de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) analisa, nesta quinta-feira (14), as novas variantes do coronavírus, que preocupam autoridades em todo mundo, onde a luta contra o aumento dos contágios se intensifica a golpe de confinamentos, toque de recolher e campanhas de vacinação
O comitê de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) analisa, nesta quinta-feira (14), as novas variantes do coronavírus, que preocupam autoridades em todo mundo, onde a luta contra o aumento dos contágios se intensifica a golpe de confinamentos, toque de recolher e campanhas de vacinação.
O ressurgimento do vírus também atinge a China, que hoje anunciou a primeira morte por covid-19 desde maio passado, apesar de parecer ter erradicado a pandemia.
As cepas britânica e sul-africana do coronavírus, especialmente contagiosas, espalham-se rapidamente. A variante detectada inicialmente no Reino Unido já foi localizada em 50 países, e a África do Sul, em 20, segundo a OMS. A instituição afirma que esse balanço provavelmente está subestimado.
Outra mutação, originária da Amazônia brasileira, cuja descoberta foi anunciada pelo Japão no último domingo, está sendo analisada e pode ter impacto na resposta imunológica, afirma a OMS, que fala em uma "variante preocupante".
Para analisar essas cepas - que "precisam de um debate urgente" -, o comitê de especialistas da OMS, que se reúne normalmente a cada três meses, foi convocado com duas semanas de antecedência. Na reunião desta quinta-feira, serão definidas recomendações para a organização e para seus países-membros, de acordo com um comunicado da OMS publicado na quarta-feira (13) em Genebra.
Uma nova onda de contágios atinge o mundo todo.
A China, onde a pandemia surgiu no final de 2019, anunciou nesta quinta-feira a primeira morte de covid-19 em oito meses. O óbito foi na província de Hebei, onde as autoridades confinaram várias cidades após o surgimento de novos focos. As autoridades sanitárias chinesas anunciaram 138 novos casos, o maior saldo diário desde março passado.
Nesta quinta-feira, uma equipe de especialistas da OMS chegou a Wuhan, no centro da China, onde o vírus foi detectado pela primeira vez no final de 2019. Eles investigarão a origem da pandemia, após cumprirem duas semanas de quarentena.
O Japão estendeu, por sua vez, na quarta-feira, o estado de emergência em vigor em Tóquio e na região metropolitana para mais sete departamentos. Também decretou o fechamento de bares e restaurantes à noite.
Diante do pior surto de casos e do pior balanço da Europa, com 85 mil mortes, o Reino Unido voltou a confinar sua população, em meio à propagação da variante do vírus muito mais contagiosa. Nas últimas 24 horas, o país registrou 1.564 óbitos, o pior resultado desde o início da pandemia.
No continente, Portugal decretou um novo confinamento geral a partir de sexta-feira, após registrar, ontem, 10.500 novos casos em um único dia.
Na Espanha, que registrou nesta quarta-feira 39 mil novos casos, a situação é de "risco extremo", segundo a ministra da Política Territorial, Carolina Darias.
Na Itália, mergulhada em uma nova crise política, o governo anunciou a intenção de prorrogar o estado de emergência até 30 de abril.
Já na França, as autoridades vão anunciar novas medidas nesta quinta-feira para enfrentar o aumento das infecções (mais de 23.000 casos registrados quarta-feira) e a propagação da nova variante britânica.
Em Cuba, as autoridades impuseram o fechamento de escolas, bares e restaurantes em Havana, após suspender o toque de recolher noturno anunciado horas antes pela imprensa oficial.