INTERNACIONAL

Vacinas chegam a uma UE parcialmente confinada e temerosa da nova cepa do coronavírus

Dizimada, semiconfinada e receosa com a nova cepa do coronavírus que se espalha por vários países, a União Europeia (UE) recebeu neste sábado (26) as primeiras doses de suas vacinas contra o coronavírus, que já ceifou mais de 540

AFP
26/12/2020 às 16:08.
Atualizado em 24/03/2022 às 00:13

Dizimada, semiconfinada e receosa com a nova cepa do coronavírus que se espalha por vários países, a União Europeia (UE) recebeu neste sábado (26) as primeiras doses de suas vacinas contra o coronavírus, que já ceifou mais de 540.000 vidas na região, e os Estados-membros começarão a administrá-las neste fim de semana.

Na manhã deste sábado, os valiosos fármacos produzidos pelos laboratórios americano Pfizer e alemão BioNTech foram entregues em hospitais e lojas de países como França, Espanha e Itália.

Como já aconteceu em Estados Unidos, Chile, Suíça, Costa Rica e México, os primeiros cidadãos a receber a vacina serão pessoas com idade avançada e pessoal sanitário. Cada país estabelecerá suas prioridades e a maioria dos países prevê distribuí-las a partir de domingo.

Mas na Alemanha a vacinação começou neste sábado e a primeira pessoa imunizada foi Edith Kwoizalla, de 101 anos, que mora em uma residência para idosos no leste do país.

A Hungria também foi um dos primeiros países da UE a vacinar e a partir deste sábado imuniza seu pessoal médico, pouco depois de o fármaco chegar a território húngaro.

A vacina, um dos bens mais valiosos neste momento em todo o mundo, caminhões frigoríficos deixam a fábrica da Pfizer em Puurs, nordeste da Bélgica, escoltados por forças de segurança.

Na Espanha, um caminhão levou a carga com imunizantes para o centro de armazenamento da Pfizer em Guadalajara (centro).

As autoridades do país, que soma 50.000 mortes pelo coronavírus, esperam ter vacinado em junho entre 15 e 20 milhões de pessoas de uma população de 47 milhões.

Na Itália, onde as vacinas chegaram na sexta-feira pela fronteira austríaca, o primeiro cidadão vacinado será uma enfermeira italiana de 29 anos em um hospital de Roma. No norte do país, Annalisa Malara, médica que identificou o paciente zero no país, também será imunizada.

A Itália é o país mais enlutado da Europa por esta pandemia, com 71.000 mortes, mas segundo pesquisas, apenas 57% da população quer se vacinar, apesar de os cientistas estimarem que a imunidade efetiva ocorrerá quando de 75% e 80% da população estiver vacinada.

Na França, onde mais de 62.000 pessoas morreram de covid-19, as primeiras injeções serão aplicadas em dois lares para idosos.

"Esta vacina é a chave que permitirá que retomemos nossas vidas. Esta notícia deve nos animar", disse neste sábado o ministro alemão da Saúde, Jens Spahn.

Os casos de pessoas contaminadas pela nova variante do coronavírus, surgida no Reino Unido, continuam aparecendo em vários países europeus. Neste sábado, foram detectados pelo menos quatro casos em Madri, em pessoas que teriam retornado do Reino Unido ou que tinham relação com viajantes procedentes deste país.

Outros seis positivos da nova cepa foram diagnosticados no sábado na Itália, elevando para mais de dez os casos confirmados desta variante no país.

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