INTERNACIONAL

Vacinação contra a covid-19 avança no mundo e começa no Brasil

Diante de um vírus que não desiste, as campanhas de vacinação contra a covid-19 foram se acelerando no mundo, como na Índia, com cerca de 224 mil doses injetadas em um dia

AFP
17/01/2021 às 16:55.
Atualizado em 23/03/2022 às 22:11

Diante de um vírus que não desiste, as campanhas de vacinação contra a covid-19 foram se acelerando no mundo, como na Índia, com cerca de 224 mil doses injetadas em um dia. No Brasil, as primeiras vacinas tiveram seu uso emergencial aprovado neste domingo (17).

Mônica Calazans, enfermeira negra de uma UTI do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, em São Paulo, se tornou neste domingo a primeira pessoa vacinada contra o coronavírus no Brasil, logo depois que a Anvisa aprovou o uso da vacina chinesa CoronaVac e da britânica da AstraZeneca/Oxford.

Em número de mortes, o Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos, com quase 210 mil mortes. O país também enfrenta agora uma nova variante, identificada na região amazônica que, segundo especialistas, pode ser mais contagiosa.

Na Índia, segundo país do mundo com mais infecções (10,5 milhões de casos), a campanha de vacinação começou no sábado e já foram administradas 224 mil doses, ainda longe da meta de imunizar 300 milhões dos seus 1,3 bilhão de habitantes até o final de julho, quase o equivalente à população dos Estados Unidos.

O governo indiano ficou satisfeito com o início de sua campanha massiva de vacinação. "Temos ecos encorajadores e satisfatórios do primeiro dia", disse o ministro da Saúde indiano, Harsh Vardhan. "A vacina vai ser um Sanjeevani (salva-vidas)", acrescentou.

Em todo o mundo, o coronavírus causou mais de dois milhões de mortes e mais de 94,4 milhões de infecções, de acordo com uma contagem da AFP no domingo a partir de fontes oficiais.

Na Europa, região do mundo mais castigada pelo vírus, que já conta com mais de 657 mil mortes e ultrapassa 30,4 milhões de infecções, vários países pisaram no acelerador em suas campanhas de vacinação.

A França pretende expandir seu sistema a partir de segunda-feira, para vacinar pessoas com mais de 75 anos que não vivem em lares de idosos (5 milhões) e quase 800 mil pessoas com patologias de "alto risco".

O país, que já registrou mais de 70 mil mortes por covid-19, reforçou suas restrições neste fim de semana com um toque de recolher nacional às 18h00.

A Espanha começou neste domingo a administrar a segunda dose da vacina contra a covid às pessoas que já haviam recebido a primeira no final de dezembro, destinada a residentes de asilos e seus cuidadores.

Apesar da Espanha ter registrado um recorde de 40.197 infecções em 24 horas na sexta-feira, em meio à escalada das infecções na terceira onda, o governo descartou um novo confinamento geral no sábado.

Na Noruega, a agência de controle de medicamentos anunciou que suspeitava que a primeira injeção da vacina havia causado a morte de 13 idosos com saúde delicada, e que estava investigando.

No entanto, Steinar Madsen, chefe da instituição, esclareceu que os efeitos colaterais não eram motivo de "alarme". "É claro que essas vacinas apresentam poucos riscos, com exceção, mínima, para os pacientes mais frágeis", afirmou ele.

Outros países, por sua vez, decidiram fortalecer ou estender as restrições. A Áustria anunciou no domingo estender seu confinamento até 8 de fevereiro, por medo da variante da covid-19 detectada no Reino Unido.

E o governo britânico disse estar considerando a opção de pedir a todos os visitantes que chegam ao Reino Unido se isolem em hotéis, reforçando as novas medidas anticoronavírus que entrarão em vigor nas próximas horas.

Em Portugal, onde o governo estabeleceu um segundo confinamento, milhares de eleitores foram às urnas neste domingo para votar antecipadamente nas eleições presidenciais de 24 de janeiro.

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