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Vacina: uma corrida com vários atletas a ponto de alcançar a meta

Com uma rapidez inédita na história da medicina, diversas vacinas estão prestes a ver a luz um ano depois da detecção dos primeiros casos de covid-19, mas persistem as dúvidas científicas antes do início das campanhas de vacinação

AFP
26/11/2020 às 09:07.
Atualizado em 24/03/2022 às 02:31

Com uma rapidez inédita na história da medicina, diversas vacinas estão prestes a ver a luz um ano depois da detecção dos primeiros casos de covid-19, mas persistem as dúvidas científicas antes do início das campanhas de vacinação.

Depois que foram anunciados neste mês resultados promissores de quatro projetos de vacinas - da aliança Pfizer/BioNTech, da Moderna, da AstraZeneca/Universidade de Oxford e do instituto russo Gamaleya -, muitos países começaram os preparativos para campanhas de vacinação, que devem começar após a autorização das autoridades de saúde.

A Agência Europeia dos Medicamentos (EMA) indicou à AFP na segunda-feira que as primeiras vacinas podem ser aprovadas no fim do ano, ou no início de 2021.

Este calendário coincide com os planos de países como Espanha, Itália e França, assim como de vários países da América Latina.

O México, por exemplo, poderia receber em dezembro as primeiras vacinas da Pfizer/BioNTech, e a Argentina planeja iniciar em janeiro a vacinação.

O Peru prevê a vacinação de 24,5 milhões de adultos antes de abril de 2021.

O governo dos Estados Unidos pretende ir mais rápido e começar a campanha em dezembro, assim que receber a aprovação da Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês).

As autoridades chinesas aprovaram o uso emergencial de algumas de suas vacinas.

Os prazos foram possíveis, graças à aceleração dos procedimentos de pesquisa, produção e avaliação, apoiados por financiamentos colossais, que reduziram o tempo médio de desenvolvimento e comercialização de uma vacina de dez anos para um.

Mas foram aplicados os "mesmos padrões regulatórios elevados de qualidade, segurança e eficácia", segundo a EMA.

"Em um primeiro momento, a quantidade de vacina será limitada, e os profissionais de saúde, pessoas mais velhas e outros grupos de risco terão a prioridade", afirmou o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O acesso dos países pobres, que não têm os mesmos recursos financeiros nem logísticos que os ricos, pode resultar em um problema, sobretudo nos primeiros meses.

Em uma tentativa de garantir uma distribuição equitativa, a OMS criou a iniciativa Covax, que reúne governos cientistas, a sociedade civil e o setor privado.

A Covax permitiria, por exemplo, aos países participantes, como Japão e Reino Unido, fornecer doses aos países pobres por meio de seus acordos de compra com os fabricantes.

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