INTERNACIONAL

Vacina da AstraZeneca passa em testes na Europa enquanto Opas se preocupa com a América do Sul

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) reafirmou nesta quarta-feira (7) seu apoio à vacina da AstraZeneca, apesar de seus "raros" efeitos colaterais, segundo especialistas, como os coágulos sanguíneos, enquanto a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) destacou a preocupante situação da pandemia na América do Sul

AFP
07/04/2021 às 19:33.
Atualizado em 22/03/2022 às 01:08

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) reafirmou nesta quarta-feira (7) seu apoio à vacina da AstraZeneca, apesar de seus "raros" efeitos colaterais, segundo especialistas, como os coágulos sanguíneos, enquanto a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) destacou a preocupante situação da pandemia na América do Sul.

Os coágulos sanguíneos despertaram uma onda de inquietação, especialmente na Europa, em grande parte por causa das próprias contradições das autoridades.

"Devemos falar em uma só voz na UE para melhorar a confiança nas vacinas", disse a comissária europeia de Saúde, Stella Kyriakides, para quem o sistema de vigilância de medicamentos "funciona".

Países como Canadá, França, Alemanha e Holanda recomendaram não usar essa vacina em jovens, após a detecção de coágulos. A Itália reserva seu uso para maiores de 60 anos e a Bélgica para maiores de 55 anos.

De acordo com a EMA, até 4 de abril foram detectados 222 casos de trombose atípica após 34 milhões de inoculações desse medicamento em 30 países do Espaço Econômico Europeu (UE, Islândia, Noruega, Liechtenstein).

A reguladora europeia afirmou que os coágulos sanguíneos são um efeito colateral "muito raro", encorajando os países a continuarem a usar o imunizante, já que o balanço entre riscos e benefícios segue sendo "positivo".

A diretora-executiva da EMA, Emer Cooke, destacou que esses coágulos podem ser uma resposta imunológica, embora "não tenha sido possível confirmar fatores de risco específicos como idade, sexo, ou histórico médico".

Ao mesmo tempo, o comitê científico que assessora o governo britânico recomendou que o imunizante da AstraZeneca seja usado apenas em pessoas com mais de 30 anos, como "precaução".

De acordo com a reguladora britânica de medicamentos, dos 79 casos de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas relatados no Reino Unido, 19 foram fatais.

A AstraZeneca celebrou os relatórios dos reguladores europeus e britânicos reafirmando que "a vacina oferece proteção de alto nível contra todas as formas graves de covid-19."

Desenvolvida pelo laboratório sueco-britânico e a Universidade de Oxford, a vacina foi administrada em pelo menos 111 países, à frente da Pfizer/BioNTech (67 países), ou da Moderna (pelo menos 39 países).

Do outro lado do Atlântico, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) destacou o "preocupante" aumento das infecções por covid-19 na América do Sul, lembrando que, na última semana, Brasil e Argentina estiveram entre os dez países com maior número de novas infecções.

Em todo mundo, as campanhas de vacinação estão avançando em ritmo desigual, enquanto novas ondas da covid-19 atingem vários países, principalmente com variantes mais agressivas do vírus.

A pandemia deixa mais de 2,8 milhões de mortos em todo o mundo.

Na América Latina, já foram registradas 805.865 mortes (em mais de 25,5 milhões de infecções).

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