Demora e confusão

UPA Vila Cristina tem espera de sete horas

Familiar de paciente quebrou equipamentos e foi detido

Ana Cristina Andrade
30/03/2022 às 09:06.
Atualizado em 30/03/2022 às 09:07
Ocorrência foi registrada numa delegacia; desfecho não foi informado (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

Ocorrência foi registrada numa delegacia; desfecho não foi informado (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

A demora no atendimento às pessoas que procuraram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Cristina, ontem, resultou em reclamações e no ataque de nervos do irmão de uma mulher que estava mal. Ele acabou danificando um dispositivo de álcool em gel e foi parar na delegacia.

Por volta das 16h havia cerca de 50 pessoas aguardando atendimento, seis médicos estariam na unidade - três deles seriam pediatras. Teve quem ficou quase sete horas esperando a vez de entrar no consultório, como Jéssica Vanessa da Silva.

Ela mora na comunidade Caiubi e disse que chegou às 10h20 no local e que a alegação sobre a demora no atendimento era que os médicos estavam com casos de emergência. Ela observou ainda que a cada uma hora alguém era chamado. Saiu da unidade por volta das 16h.

Gisele Pantarotto disse que chegou na UPA perto das 12h e perto das 16h foi atendida. “Vim ontem à noite (anteontem), com ameaça de infarto, e voltei hoje (ontem). Enquanto estou aqui vi uma pessoa convulsionar e outra cair lá fora”.

Gisele Regina disse que foi de manhã procurar atendimento, foi embora, voltou às 13h e estava um caos. Ela falou sobre o homem que ficou nervoso e quebrou a peça de álcool em gel. “Ele estava desesperado de ver a irmã passar mal e ninguém atender”. 

O subinspetor Canova disse que deixou uma viatura na porta da UPA ontem, para dar segurança ao local. “Apuramos que o rapaz viu que a irmã não ficava em pé, foi no corredor para tentar chamar alguém e acabou sendo barrado”. 

A Secretaria de Saúde informou que ontem, às 15h55, foram atendidos 390 pacientes nesta UPA, que o quadro de médicos está completo e que 90% dos atendimentos são de pacientes com quadros não-prioritários, sendo que a espera pode chegar a três horas.

Informou ainda que a irmã do rapaz era paciente não-prioritária e que não queria esperar pelo atendimento. De acordo com a Secretaria, ele ameaçou servidores da unidade e quebrou alguns equipamentos públicos.

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