Uigures exilados pediram nesta terça-feira ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que inicie uma investigação sobre os supostos crimes da China contra essa minoria muçulmana, e acusam o gigante asiático de genocídio e crimes contra a humanidade
Uigures exilados pediram nesta terça-feira ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que inicie uma investigação sobre os supostos crimes da China contra essa minoria muçulmana, e acusam o gigante asiático de genocídio e crimes contra a humanidade.
Os membros da comunidade uigure apresentaram um extenso dossiê ao tribunal, com sede em Haia, que contém, segundo eles, evidências de que a China pratica esterilizações forçadas e mantém um milhão de uigures e outras minorias em campos de reeducação.
Pequim fala de centros de treinamento vocacional, cujo objetivo é fazer com que essa população encontre emprego e não caia no extremismo ou no terrorismo.
"Hoje é um dia histórico para nós", disse Salih Hudayar, primeiro-ministro do autoproclamado governo exilado do Turquestão Oriental, em uma videoconferência.
As evidências apresentadas ao TPI mostram que as autoridades chinesas são culpadas de "severas medidas repressivas" há mais de uma década, afirmou Rodney Dixon, advogado de direitos humanos, na conferência.
"São internamentos em massa de mais de um milhão de pessoas, assassinatos, desaparecimentos, torturas e relatos de partir o coração de esterilizações e medidas de controle de natalidade", explicou.
O dossiê inclui uma lista de líderes do Partido Comunista Chinês que são supostamente responsáveis por esses tratamentos contra os uigures, incluindo o presidente Xi Jinping.
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