A distribuição das vacinas contra a covid faz parte das discussões desta quinta-feira (25) dos líderes da União Europeia (UE) em um contexto de notícias animadoras sobre o imunizante da Pfizer e de um apelo dos Estados Unidos para ajudar os países pobres
A distribuição das vacinas contra a covid faz parte das discussões desta quinta-feira (25) dos líderes da União Europeia (UE) em um contexto de notícias animadoras sobre o imunizante da Pfizer e de um apelo dos Estados Unidos para ajudar os países pobres.
Com mais de 2,5 milhões de mortos entre mais de 112,6 milhões de contágios, o mundo deposita suas esperanças nas vacinas para deter a pandemia, apesar de a distribuição das doses tenha se revelado mais lenta do que o esperado.
Sua distribuição tardia tem sido fonte de descontentamento na UE e, nesta quinta-feira, os líderes europeus abordam o assunto durante uma cúpula, assim como os polêmicos fechamentos fronteiriços, adotados após o aparecimento de novas variantes ou a ideia de um "passaporte sanitário".
A UE pretende analisar "formas para acelerar a aprovação de vacinas, sua fabricação e sua distribuição", disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, segundo o porta-voz.
"Queremos voltar à normalidade o quanto antes, recuperar nossas vidas e uma liberdade máxima", tuitou o chanceler austríaco, Sebastian Kurz.
Apenas 4% da população da UE receberam pelo menos uma dose da vacina, segundo um balanço da AFP, e só 2% foram vacinados com duas doses.
Mesmo assim, os países europeus esperam que o fornecimento de doses das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna aumente em abril, graças a um crescimento da produção dos dois laboratórios.
Além disso, o bloco, que se fixou como meta vacinar 70% da população adulta até meados de setembro, poderia aprovar em março a vacina da Johnson&Johnson.
As recentes notícias sobre a eficácia das vacinas da Pfizer e da Johnson&Johnson e os avanços para criar um imunizante específico contra a variante detectada na África do Sul lançaram uma luz de esperança em um mundo esgotado da pandemia e das restrições para contê-la.
Um estudo publicado no prestigioso New England Journal of Medicine, baseado em dados de 1,2 milhão de pessoas em Israel, onde 52% da população recebeu pelo menos uma dose do imunizante, confirmou a eficácia da vacina da Pfizer em condições reais.
Segundo o estudo, a vacinação reduziu os casos sintomáticos de covid-19 em 94%, os casos graves da doença em 92% e as internações em 87%.
"Esta é a primeira evidência revista por pares da eficácia de uma vacina em condições reais", declarou à AFP Ben Reis, um dos coautores do estudo.
Também demonstrou que é eficaz contra a própria possibilidade de infecção e não apenas contra o desenvolvimento de sintomas.
Este é um dado crucial porque poderia indicar que as pessoas já vacinadas não transmitiriam o vírus, mas isto ainda precisa ser confirmado.