A Igreja Católica, juntamente com a União Europeia (UE) e as Nações Unidas (ONU), começou nesta terça-feira a coordenar um diálogo para reduzir a tensão na Bolívia, após oito dias de bloqueios de estradas, que impedem o transporte de material médico em meio à pandemia
A Igreja Católica, juntamente com a União Europeia (UE) e as Nações Unidas (ONU), começou nesta terça-feira a coordenar um diálogo para reduzir a tensão na Bolívia, após oito dias de bloqueios de estradas, que impedem o transporte de material médico em meio à pandemia.
"Estão sendo feitas consultas, alguns encaminhamentos estão sendo feitos com uma parte e outra" para iniciar as conversas, disse o presidente da Conferência Episcopal Boliviana, Ricardo Centellas.
Igreja, UE e ONU divulgaram um comunicado conjunto em que pedem que se levante "qualquer medida de pressão indevida em uma sociedade que deseja viver em paz e respeitar as regras do jogo democrático". As três assinalaram que é o momento de buscar o bem comum, "e não de colocar em risco a convivência pacífica, democrática e institucional entre os bolivianos".
Os mediadores buscam uma aproximação entre os movimentos sociais que estão por trás dos bloqueios de estradas e os partidos políticos, a fim de abrir uma mesa de diálogo, possivelmente amanhã. O governo boliviano apoia o esforço para pacificar o país.
O diálogo busca resolver o atoleiro político e social diante dos protestos contra o adiamento das eleições gerais de 6 de setembro para 18 de outubro. O ministro do Interior, Arturo Murillo, assinalou que o Executivo aposta no diálogo para evitar "uma guerra civil".
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