Menos de uma semana depois da autorização da União Europeia (UE) para o uso da vacina dos laboratórios Pfizer e BioNTech, países como Itália e Espanha iniciaram neste domingo (27) a vacinação contra o coronavírus, que infectou mais de 80 milhões de pessoas no mundo e provocou 1,758 milhão de mortes
Menos de uma semana depois da autorização da União Europeia (UE) para o uso da vacina dos laboratórios Pfizer e BioNTech, países como Itália e Espanha iniciaram neste domingo (27) a vacinação contra o coronavírus, que infectou mais de 80 milhões de pessoas no mundo e provocou 1,758 milhão de mortes.
"Não senti nada, nada (...) muito obrigado", afirmou, sorridente, Araceli Hidalgo Sánchez, de 96 anos, a primeira pessoa a receber a tão aguardada dose na Espanha, em uma casa de repouso de Guadalajara (centro do país).
Em seguida, Mónica Tapias, auxiliar de enfermagem na mesma instituição, foi a segunda espanhola a receber a vacina. "O que queremos é que a maioria das pessoas receba a vacina", declarou.
As autoridades espanholas esperam vacinar até junho de 2021 entre 15 e 20 milhões de pessoas, de uma população de 47 milhões.
A Espanha foi um dos países da Europa mais afetados pela pandemia, com 50.000 mortes e mais de 1,8 milhão de casos, segundo os dados do ministério da Saúde.
"Hoje Araceli e Mónica representam uma nova etapa de esperança. Um dia de emoção e confiança", escreveu no Twitter o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que prometeu um processo de vacinação "rápido, confiável e equitativo".
Quase ao mesmo tempo, na Itália, a enfermeira Claudia Alivernini e Maria Rosaria Capobianchi, diretora de um laboratório de virologia no hospital Spallanzani de Roma, foram as primeiras a receber a vacina no país.
"É um gesto pequeno, mas fundamental para todos nós", disse Alivernini. "Eu afirmo de coração: vacinem-se. Por nós, por nossos entes queridos e pela sociedade", completou.
Na Itália, a vacinação generalizada começará em 8 de janeiro, data em que passará a receber 470.000 doses por semana. No país mais afetado da União Europeia (UE) pela pandemia, com mais de 71.000 vítimas fatais, o governo teve que decretar importantes medidas de confinamento antes do Natal.
A milhares de quilômetros, em Bucareste, a enfermeira romena Mihaela Anghel, de 26 anos, a primeira a atender um paciente com covid-19 em fevereiro no país, foi a primeira vacinada.
Alemanha, Hungria e Eslováquia começaram a vacinação no sábado. A Europa é, numericamente, a região mais afetada do mundo pela pandemia e já superou os 25 milhões de casos e 546.000 mortos.
Além da vacina da Pfizer/BioNTech, também se espera em breve a autorização na Europa para outros imunizantes, como a desenvolvida pela AstraZeneca e Universidade de Oxford.
"Acreditamos que encontramos a fórmula vencedora e como obter uma eficácia que, com duas doses, é alta como a das demais", disse Pascal Soriot, diretor-geral do laboratório sueco-britânico AstraZeneca, cujo fármaco dispunha até o momento de uma eficácia de 70%.
Antes da UE, vários países iniciaram a vacinação contra o coronavírus. O primeiro foi a China, que aplicou as primeiras injeções no verão (hemisfério norte, inverno no Brasil). Em dezembro foi a vez de Rússia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Suíça, México, Costa Rica e Chile.