A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) retomou nesta quarta-feira (6) a avaliação para decidir se aprova o uso da vacina da Moderna contra a covid-19, sob pressão dos países da União Europeia (UE) que enfrentam a aceleração da pandemia e a lentidão das campanhas de imunização
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) retomou nesta quarta-feira (6) a avaliação para decidir se aprova o uso da vacina da Moderna contra a covid-19, sob pressão dos países da União Europeia (UE) que enfrentam a aceleração da pandemia e a lentidão das campanhas de imunização.
A epidemia se agrava após as festas de fim de ano, em particular nos Estados Unidos, país que na terça-feira anunciou um novo recorde de óbitos em 24 horas, com mais de 3.930 mortos, de acordo com o balanço da Universidade Johns Hopkins, que indica ainda 250.000 novas contaminações.
O país (357.067 mortes) é o mais afetado do planeta pela pandemia, que já deixou 1,85 milhão de vítimas fatais.
Os serviços de emergência de Los Angeles começaram a racionar o oxigênio e os leitos. Também pediram aos serviços de ambulâncias que não transportem aos hospitais pacientes que sofreram ataques cardíacos e que tem poucas probabilidades de sobrevivência.
No dia 21 de dezembro, a EMA autorizou a vacina Pfizer/BioNTech, para a qual a Comissão Europeia deu imediatamente luz verde e que continua sendo a única permitida na Europa.
Agora a agência deve decidir se autoriza a vacina da Moderna, uma empresa de biotecnologia dos Estados Unidos dirigida pelo francês Stéphane Bancel.
"A reunião do comitê de medicina humana da EMA para discutir a vacina COVID-19 Moderna já começou. Comunicaremos o resultado", afirmou a agência em sua conta no Twitter nesta quarta-feira.
A agência antecipou a reunião do Comitê de Medicamentos de Uso Humano (CHMP), prevista inicialmente para 12 de janeiro.
A vacina da Moderna recebeu aprovação para uso emergencial da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos em 18 de dezembro, uma semana depois que o fármaco da Pfizer-BioNTech recebeu a mesma autorização. O Canadá seguiu os passos dos Estados Unidos em 23 de dezembro.
A vacina da Moderna tem a vantagem de poder ser armazenada a -20°C, e no a -70°C, como a da Pfizer, o que obrigou o grupo a criar contêineres específicos para seu transporte.
As duas vacinas têm níveis de eficácia similares, segundo os laboratórios,, de 95% para a Pfizer/BioNTech e 94,1% para a Moderna.
Embora a vacinação tenha começado em 27 de dezembro em vários países europeus com o produto da Pfizer/BioNTech, as campanhas avançam de modo muito mais lento que nos Estados Unidos, Grã-Bretanha ou Israel.
"É evidente que um esforço tão complexo sempre encontra dificuldades", admitiu recentemente um porta-voz da Comissão Europeia.
A farmacêutica britânica AstraZeneca, associada com a Universidade de Oxford, reivindica uma taxa de eficiência de 70%, mas que poderia chegar a quase 100% com duas doses.
Esta vacina começou a ser administrada na segunda-feira no Reino Unido e já foi aprovada em outros três países (Argentina, Índia e México).