A União Europeia (UE) autorizou nesta quarta-feira (6) o uso da vacina da Moderna contra a covid-19, dando novas esperanças aos países europeus frente ao recrudescimento da pandemia, que em todo o mundo causou um recorde de mais de 15
A União Europeia (UE) autorizou nesta quarta-feira (6) o uso da vacina da Moderna contra a covid-19, dando novas esperanças aos países europeus frente ao recrudescimento da pandemia, que em todo o mundo causou um recorde de mais de 15.700 mortes em 24 horas.
A epidemia continua se agravando após as festas de fim de ano, particularmente nos Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia no mundo (com 357.067 óbitos), onde foram registradas na terça mais de 3.930 mortes em um dia e 250.000 novos casos.
No mundo, nas últimas 24 horas foram reportadas 15.769 novas mortes, com uma média de 11.400 falecimentos diários nos últimos sete dias, segundo um balanço estabelecido pela AFP nesta quarta-feira.
Desde que a doença apareceu no final de dezembro de 2019 na China, a pandemia causou pelo menos 1,8 milhão de mortes e mais de 86,3 milhões de contágios.
Na Europa, a região mais castigada pela covid-19, com cerca de 596.400 mortes e mais de 27,6 milhões de casos e onde a situação se agrava a cada dia, a aprovação pela UE da vacina do laboratório americano Moderna aumenta as esperanças de acelerar as campanhas de vacinação.
Trata-se do segundo imunizante contra o novo coronavírus aprovado no bloco. Em 21 de dezembro, a UE já tinha aprovado a vacina da Pfizer/BioNTech, iniciando dias depois a aplicação do fármaco nos países-membros.
"Estamos proporcionando mais vacinas contra a covid-19 aos europeus. Com a vacina da Moderna, a segunda autorizada na UE, teremos 160 milhões de doses mais", declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pouco depois que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) deu luz verde ao fármaco.
"A Europa assegurou até 2 bilhões de doses de possíveis vacinas contra a covid-19. Teremos um número mais do que suficiente de vacinas seguras e eficazes para proteger todos os europeus", afirmou.
A vacina da Moderna já recebeu a aprovação emergencial da FDA, agência que regulamenta alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, em 18 de dezembro, uma semana depois de dar seu aval à da Pfizer-BioNTech. O Canadá fez o mesmo em 23 de dezembro.
O fármaco da Moderna tem a vantagem de poder ser armazenado a -20°C, e não a -70°C, como a da Pfizer.
O Reino Unido, por sua vez, enfrenta outra onda implacável do novo coronavírus desde que uma nova cepa aparentemente mais contagiosa foi detectada em dezembro, igualando os níveis do pico da pandemia em abril, segundo cifras oficiais.
Na quarta-feira, o país superou as mil mortes registradas em 24 horas, elevando o balanço total a 77.346 desde o início da pandemia, tornando-se o país europeu mais enlutado pela covid-19.
Esta nova onda do coronavírus levou o primeiro-ministro, Boris Johnson, a decretar um novo confinamento total na Inglaterra, que entrou oficialmente em vigor à 00H01 GMT desta quarta (21h01 de terça em Brasília), embora desde a segunda já tivesse exigido aos britânicos adotarem de imediato as normas. As ruas de Londres ficaram quase desertas na terça-feira.
"Depois da maratona do ano passado, estamos em uma corrida para vacinar as pessoas mais vulneráveis mais rápido do que o vírus pode alcançá-ças", disse nesta quarta-feira o premier, Boris Johnson.