Os líderes europeus chegaram a um acordo, nesta terça-feira (21), sobre um gigantesco plano de relançamento econômico para aliviar as consequências do novo coronavírus, cuja propagação nos Estados Unidos parece ter mudado a opinião do presidente Donald Trump, agora favorável ao uso de uma máscara para combater a pandemia
Os líderes europeus chegaram a um acordo, nesta terça-feira (21), sobre um gigantesco plano de relançamento econômico para aliviar as consequências do novo coronavírus, cuja propagação nos Estados Unidos parece ter mudado a opinião do presidente Donald Trump, agora favorável ao uso de uma máscara para combater a pandemia.
O vírus, cuja disseminação começa a se acelerar na África, infectou mais de 14,6 milhões de pessoas em todo mundo e matou mais de 600.000 desde que apareceu na China no ano passado.
Sgundo país com o maior número de casos e mortes por COVID-19, atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil superou o número de 80.000 mortes na segunda-feira.
Na Europa, depois de uma longa cúpula que terminou a manhã desta terça, os 27 líderes da União Europeia chegaram a um acordo histórico para superar a devastação causada pelo coronavírus com um fundo sem precedentes de 750 bilhões de euros (840 bilhões de dólares), com base em uma mutualização da dívida.
"É uma mudança histórica para a Europa", celebrou o presidente francês, Emmanuel Macron, enquanto a chanceler alemã, Angela Merkel, disse estar aliviada com o fato de a UE ter estado à altura da "maior crise" de sua história.
Para o ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, este acordo é "nascimento de uma nova Europa".
Essa nova Europa será "mais solidária, mais verde e, além disso, mais franco-alemã", afirmou Le Maire, lembrando, em entrevista à rádio Franceinfo, que, "pela primeira vez na história, a Europa aceita se endividar de maneira conjunta".
"Este acordo se deve, sobretudo, à vontade de França e Alemanha, à vontade do presidente da República Francesa e da chanceler alemã", insistiu o ministro, que chamou o acordo de Bruxelas de "negociação maratônica e exaustiva".
Levando-se em consideração as tensões internacionais, "é necessário que a Europa tome decisões fortes como esta, mas mais rapidamente", declarou Le Maire.
O plano permitirá que os países mais afetados pelo coronavírus, como Espanha e Itália, enfrentem a profunda recessão prevista para 2020 devido à pandemia, que deixou mais de 205.000 mortos na Europa.
Agora, no entanto, o foco também está nas áreas mais pobres do planeta, como a África, onde o vírus se espalha.
Na África do Sul, o número de mortos ultrapassou 5.000 no fim de semana.
"Estou muito preocupado agora que estamos começando a ver uma aceleração da doença na África", disse o diretor do programa de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan.
Ainda sem um tratamento eficaz contra a COVID-19, há poucas opções para combater sua disseminação. Uma delas é usar máscara, algo que Donald Trump e seus aliados políticos rejeitaram durante meses.
O presidente dos EUA mudou de ideia ontem, porém, e publicou uma foto sua no Twitter usando uma máscara com a mensagem: "Estamos unidos em nosso esforço para superar o vírus invisível da China, e muitas pessoas dizem que é patriótico usar uma máscara quando não pode haver distanciamento Social".