A campanha de vacinação contra a covid-19, que sofre com os contratempos das vacinas Johnson & Johnson e AstraZeneca, será beneficiada na Europa com a ajuda dos laboratórios BioNTech/Pfizer - com a entrega de mais doses do que o previsto no segundo trimestre
A campanha de vacinação contra a covid-19, que sofre com os contratempos das vacinas Johnson & Johnson e AstraZeneca, será beneficiada na Europa com a ajuda dos laboratórios BioNTech/Pfizer - com a entrega de mais doses do que o previsto no segundo trimestre.
A Dinamarca se tornou nesta quarta-feira (14) o primeiro país da Europa a desistir definitivamente da vacina AstraZeneca, cujo uso já se tornou restrito na maioria dos países da União Europeia devido a possíveis casos de trombose.
Já a dupla alemã-americana Pfizer-BioNTech vai acelerar as entregas: 50 milhões de doses de sua vacina, inicialmente previstas para o último trimestre, serão entregues a partir de abril, elevando o total de doses para 250 milhões no segundo trimestre, anunciou o Executivo europeu.
Boas notícias para a UE após o anúncio, na véspera, pela americana Johnson & Johnson - que deveria entregar 55 milhões de doses aos 27 no 2º trimestre -, de que "atrasaria a implantação" de sua vacina de dose única após relatos nos Estados Unidos de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas.
Esses casos estão sendo investigados pela agência reguladora europeia de medicamentos, EMA, que planeja se pronunciar na próxima semana sobre a vacina Janssen (Johnson & Johnson).
A França, que reservará a vacina da Johnson & Johnson para pessoas com mais de 55 anos, assim como o fármaco da AstraZeneca, reafirmou a "confiança" do país na vacina do laboratório anglo-sueco.
As duas vacinas usam a mesma tecnologia baseada em adenovírus como vetor.
Os bispos católicos poloneses expressaram sua "séria objeção moral" ao uso dessas duas vacinas, cuja produção depende, segundo eles, "de células de fetos abortados".
Para restaurar a confiança na AstraZeneca, o governo do Chipre decidiu usá-la para vacinar todos os seus ministros.
O presidente russo, Vladimir Putin, que anunciou ter recebido sua segunda dose da vacina, mas sem especificar qual, pediu a todos que "sigam seu exemplo".
A vacinação continua sendo a principal arma contra a covid-19, que já matou mais de 2,9 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com uma contagem estabelecida pela AFP nesta quarta-feira a partir de dados fornecidos pelas autoridades de saúde.
Sua expansão é de extrema importância, levando em conta o avanço das variantes, mais contagiosas.
No hospital bávaro em Freising, na Alemanha, avisos com a palavra "variante" agora são exibidos na entrada dos quartos dos pacientes com covid.