A Turquia rejeitou, nesta quinta-feira (4), as críticas dos Estados Unidos sobre a repressão das manifestações estudantis e os ataques do presidente Recep Tayyip Erdogan à comunidade LGBT e denunciou uma "interferência" em seus assuntos internos
A Turquia rejeitou, nesta quinta-feira (4), as críticas dos Estados Unidos sobre a repressão das manifestações estudantis e os ataques do presidente Recep Tayyip Erdogan à comunidade LGBT e denunciou uma "interferência" em seus assuntos internos.
"Não cabe a ninguém (...) se intrometer nos assuntos internos da Turquia", declarou em um comunicado o ministério turco das Relações Exteriores.
Há mais de um mês, os estudantes se manifestam em várias cidades da Turquia contra a nomeação, em 1o de janeiro, de um reitor próximo ao poder à frente da prestigiosa Universidade do Bósforo.
Na quarta-feira, Erdogan chamou os manifestantes de "terroristas" e criticou duramente a comunidade LGBT, cujos direitos se tornaram uma reivindicação do protesto após a prisão de estudantes acusados de ter insultado o islã por ter mostrado um local sagrado enfeitado com bandeiras com as cores do arco-íris.
"LGBT, isso não existe. Este país é patriótico e moral. Avançamos para o futuro com esses valores", disse o presidente turco.
Em resposta, Estados Unidos expressou sua "preocupação" com a multiplicação das prisões nos últimos dias e "condenou firmemente a retórica" contra as minorias sexuais na Turquia.
Nesta semana, a polícia turca prendeu mais de 500 manifestantes e não hesitou em usar a força para dispersar esses protestos, que não perderam o vigor. Nesta quinta-feira, o ministério do Interior turco disse que das pessoas presas, 498 já foram libertadas, embora mais de cem tenham que respeitar um controle judicial.
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