A Turquia condenou "firmemente" nesta terça-feira (8) a captura de um navio comercial por parte das forças do marechal Khalifa Haftar na Líbia, e exigiu a liberação dos tripulantes sob pena de "graves consequências"
A Turquia condenou "firmemente" nesta terça-feira (8) a captura de um navio comercial por parte das forças do marechal Khalifa Haftar na Líbia, e exigiu a liberação dos tripulantes sob pena de "graves consequências".
O "Exército Nacional Líbio" (ANL) de Haftar, homem forte do leste líbio que luta contra o governo oficial de Trípoli apoiado por Ancara, anunciou na noite de segunda-feira que havia interceptado no domingo um navio de bandeira jamaicana pertencente a um armador turco.
Segundo o ANL, o navio comercial "Mabroorka" teria entrado em uma "área de operações militares" na região de Ras Al-Hilal. Foi rebocado para o porto e uma investigação foi aberta. Sua tripulação é composta por 17 pessoas, entre elas nove marinheiros turcos.
O Ministério das Relações Exteriores da Turquia condenou "firmemente esta medida". "O navio deve ser autorizado a seguir seu trajeto sem demora", acrescentou em um comunicado.
"Lembramos mais uma vez que se os interesses turcos na Líbia forem atacados, haverá graves consequências e os autores (desses ataques) serão considerados alvos legítimos", alertou.
Segundo as autoridades turcas, o navio transporta material humanitário e foi interceptado por lanchas de patrulha.
A Líbia vive um caos desde a queda do regime de Muamar Kadhafi em 2011. Duas autoridades disputam o poder: o Governo de União Nacional (GNA) com sede em Trípoli, reconhecido pela ONU, e o poder no leste encarnado por Haftar.
O GNA tem o apoio da Turquia, enquanto Haftar é apoiado pelos Emirados Árabes Unidos, Rússia e Egito.
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