A Turquia denunciou nesta segunda-feira (3) o "inaceitável" acordo de petróleo assinado por uma empresa norte-americana e pelo governo curdo semiautônomo no nordeste da Síria, um país dividido pela guerra, e garantiu que isso equivale a "financiar o terrorismo"
A Turquia denunciou nesta segunda-feira (3) o "inaceitável" acordo de petróleo assinado por uma empresa norte-americana e pelo governo curdo semiautônomo no nordeste da Síria, um país dividido pela guerra, e garantiu que isso equivale a "financiar o terrorismo".
A imensa maioria dos campos de petróleo no leste e nordeste da Síria está fora do controle do governo de Damasco. Grande parte está nas mãos dos curdos - apoiados pelas tropas americanas no terreno -, que fizeram deles a principal fonte de receita de sua administração.
O lado curdo não comentou o assunto, enquanto, de Washington, autoridades confirmaram um acordo para "modernizar os campos de petróleo do nordeste da Síria", sem dar mais detalhes.
Em um comunicado, o Ministério turco das Relações Exteriores disse que o acordo foi assinado com a empresa Delta Crescent Energy LLC.
"Lamentamos o apoio dos EUA a isso, algo que ignora o direito internacional (...) e diz respeito ao financiamento do terrorismo", acrescentou a nota, que considerou o acordo "inaceitável".
A Turquia fez três incursões militares no norte da Síria desde 2016 para combater o grupo Estado Islâmico (EI) e a milícia curda das Unidades de Proteção do Povo (YPG).
As YPGs tiveram um papel determinante na coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o EI na Síria. O governo turco as considera um grupo "terrorista" e uma extensão do partido de independência curdo PKK, insurgente no sudeste da Turquia desde 1984.
A guerra na Síria causou mais de 380.000 mortes e milhões de pessoas deslocadas.
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