INTERNACIONAL

Trump volta à sala de imprensa para mudar percepção sobre como lida com a pandemia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltará a participar de coletivas de imprensa televisionadas sobre a pandemia da COVID-19 nesta terça-feira (21), em uma tentativa de melhorar sua imagem perante os eleitores que o acusam de lidar mal com esse momento de crise na saúde

AFP
21/07/2020 às 15:27.
Atualizado em 25/03/2022 às 19:01

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltará a participar de coletivas de imprensa televisionadas sobre a pandemia da COVID-19 nesta terça-feira (21), em uma tentativa de melhorar sua imagem perante os eleitores que o acusam de lidar mal com esse momento de crise na saúde.

O surgimento do novo coronavírus nesse país, o mais atingido pela doença no mundo em números absolutos, já causou a morte de 140.000 pessoas nos EUA, e contribuiu para que milhões de cidadãos ficassem desempregados.

Durante os primeiros dias da pandemia, Trump apareceu quase que diariamente às coletivas de imprensa na Casa Branca.

Essas aparições nos horários mais concorridos da televisão muitas vezes se tornaram sessões divagantes e conflituosas, nas quais Trump parecia estar em mais um ato de campanha do que comentando sobre a pandemia.

Essas coletivas foram interrompidas abruptamente no final de abril, após o presidente comentar sobre o uso de desinfetante como possível tratamento para os infectados com o novo coronavírus.

As pesquisas mostram agora que Trump se encaminha para uma derrota em novembro diante do rival democrata, Joe Biden, e que mais de dois terços dos americanos desconfiam do atual presidente em relação ao manejo da pandemia.

Com seu retorno às coletivas diárias, Trump espera recuperar o controle das informações sobre o manejo da crise, em sessões planejadas pela Casa Branca para ocorrer de forma breve e objetiva, com ênfase nas notícias positivas, no desenvolvimento de vacinas e propostas de retomada econômica.

Tudo isso sem mencionar os temas habituais do presidente sobre inimigos, a imparcialidade da mídia e suas teorias médicas favoritas, muitas vezes sem base científica.

"Serão boletins diários muito interessantes, com muitas informações", disse à Fox a porta-voz Kayleigh McEnany, assessora de imprensa da Casa Branca.

Na segunda-feira, Trump adiantou que explicará que o país está indo "muito bem, de várias formas".

"Acho que é uma ótima maneira de as informações chegarem ao público", acrescentou o presidente a repórteres.

Ainda não se sabe se o presidente aparecerá junto aos seus assessores médicos, em particular o prestigiado especialista em doenças infecciosas, Anthony Fauci, que conquistou a confiança do público por seus pensamentos diretos e claros sobre a pandemia.

"Eles ainda estão trabalhando nisso", disse Jerome Adams, a principal autoridade médica dos Estados Unidos, à emissora CBS nesta terça-feira, quando questionado se Fauci e Deborah Birx, outra consultora sênior de saúde no governo, estariam presentes.

Com o vírus causando estragos em estados com governos republicanos como a Flórida e o Texas, o discurso otimista de Trump sobre a pandemia perdeu força até mesmo entre seus eleitores.

Depois de meses zombando sobre o uso de máscaras e encorajando os republicanos e libertários que alegam que o uso desse equipamento de segurança fere os seus direitos, na última segunda-feira Trump publicou no Twitter uma foto na qual aparece usando-a, em um gesto que ele chamou de "patriótico".

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