Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (2) que testou positivo para o novo coronavírus, uma notícia que agita o panorama político americano a um mês da eleição presidencial nos Estados Unidos, mas seu médico particular afirmou que ele está "bem" e que continuará trabalhando durante a quarentena
Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (2) que testou positivo para o novo coronavírus, uma notícia que agita o panorama político americano a um mês da eleição presidencial nos Estados Unidos, mas seu médico particular afirmou que ele está "bem" e que continuará trabalhando durante a quarentena.
O presidente, de 74 anos, comunicou em uma mensagem no Twitter que ele e sua esposa, Melania, de 50, estão infectados.
"Esta noite, a primeira-dama e eu testamos positivo para covid-19. Nós vamos começar imediatamente nosso processo de quarentena e de recuperação. Nós vamos superar isto JUNTOS!", escreveu o presidente no Twitter.
O médico do presidente, Sean Conley, afirmou que Trump e a primeira-dama "estão bem".
"Espero que o presidente continue cumprindo suas funções sem interrupção", afirmou.
A notícia representa um balde de água fria para os republicanos, que foram obrigados a suspender o comício de Trump na Flórida programado para esta sexta-feira. De acordo com as sondagens mais recentes, o presidente está atrás do rival democrata Joe Biden nas pesquisas de intenção de voto.
Uma das questões que mais afetam o presidente nas pesquisas é a gestão do coronavírus, considerada péssima por seus adversários e por boa parte da comunidade científica. E uma das evidências mais flagrantes é o fato de o país registrar mais de 207.000 mortes pela doença, o que significa 20% dos óbitos por coronavírus no planeta.
O vice-presidente Mike Pence testou negativo nesta sexta-feira em um exame de covid-19, anunciou a Casa Branca.
"O vice-presidente Pence e sua esposa testaram negativo para a covid-19. O vice-presidente Pence continua em bom estado de saúde e deseja o melhor aos Trump em sua recuperação", anunciou seu porta-voz, Devin O"Malley, no Twitter.
Trump minimizou a doença com frequência, resistiu a usar máscara e convocou diversos comícios lotados, onde muitos de seus simpatizantes também ignoraram as medidas de proteção contra o vírus.
Na quinta-feira (1o), durante um discurso em um evento beneficente em Nova York, Trump afirmou que "o fim da pandemia estava próximo, e o próximo ano será um dos maiores na história dos Estados Unidos".
O presidente também é criticado pela falta de empatia e compaixão a respeito das vítimas e por ter atitudes irresponsáveis que poderiam aumentar a confusão em um mundo com receio e em choque diante da magnitude da pandemia. Um dos exemplos notórios foi quando disse que talvez uma injeção de desinfetante pudesse ser eficaz contra o vírus.
Horas antes de confirmar o resultado positivo, Trump anunciou em uma entrevista ao canal Fox News que Hope Hicks, uma de suas conselheiras mais próximas, havia sido diagnosticada com o coronavírus e que ele e a primeira-dama foram submetidos a exames.
Hicks estava a bordo do Air Force One com o presidente quando ele viajou para Cleveland, Ohio, na terça-feira, para participar do debate contra Joe Biden. Também viajou na quarta-feira com Trump a Minnesota para um comício de campanha.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, que está na Croácia, última escala de uma viagem pela Europa, afirmou que testou negativo para o novo coronavírus.