INTERNACIONAL

Trump tenta ofuscar convenção democrata com turnê pelos EUA

Os olhos dos eleitores americanos estarão voltados esta semana para o candidato à presidência Joe Biden, sua companheira de chapa, Kamala Harris, e para a convenção democrata, a menos que sejam distraídos pelo presidente Donald Trump

AFP
17/08/2020 às 09:47.
Atualizado em 25/03/2022 às 16:13

Os olhos dos eleitores americanos estarão voltados esta semana para o candidato à presidência Joe Biden, sua companheira de chapa, Kamala Harris, e para a convenção democrata, a menos que sejam distraídos pelo presidente Donald Trump.

A convenção democrata, que terminará na quinta-feira com a aceitação por Biden da indicação para enfrentar Trump em 3 de novembro, representa para os democratas o verdadeiro ponto de partida da campanha presidencial.

O presidente, porém, adora roubar a cena. Portanto, quando o evento democrata começar nesta segunda-feira, já discreto devido às precauções contra o coronavírus, Trump iniciará uma turnê de campanha na qual tem comícios planejados nos estados de Wisconsin e Minnesota.

Trump retornará ao Air Force Onde na terça-feira para falar no Arizona. E na quinta-feira, o momento mais importante da vida política de Biden, Trump fará o seu melhor para ofuscar o rival com um discurso perto de Scranton, Pensilvânia, a cidade operária onde Biden cresceu e que ele ainda se refere como seu lar espiritual.

De acordo com a equipe de campanha de Trump, o tema da turnê desta semana será "destacar o histórico de fracassos de Joe Biden".

Trump acredita que dá o melhor de si na frente do público.

Embora também tenha cancelado a grande convenção republicana por causa do coronavírus, ele pretende fazer um discurso diante de convidados na Casa Branca em duas semanas.

Mas sair em turnê acarreta riscos. A última tentativa de Trump de organizar um comício, um evento em Oklahoma em junho, foi um fracasso devido à baixa participação.

E nesta semana terá a competição das estrelas democratas, ansiosas por deixar o presidente sem um segundo mandato.

Entre elas estarão Michelle Obama e Bernie Sanders nesta segunda, depois Barack Obama e Kamala Harris na quarta-feira.

E se Trump acabar dando asas a seus oponentes?

"O maior problema para o presidente Trump agora é que quanto mais ele fala, pior ele faz", disse Julian Zelizer, professor de Política da Universidade de Princeton, à CNN.

"Não tenho certeza de que uma maior presença do presidente Trump nos próximos dias prejudicará necessariamente os democratas. Pode ser exatamente o que eles precisam".

Veterano de reality shows e uma espécie de gênio da autopromoção, Trump entrou na política com a capacidade de identificar as fraquezas dos adversários e transformá-las em temas centrais de campanha.

Em 2016, o apelido "Hillary trapaceira" fisgou os eleitores. Trump protagonizou cenas sem precedentes e desagradáveis, encorajando a multidão a gritar "prendam-na".

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