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Trump se lança em maratona de comícios a 11 dias das eleições

A 11 dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos e após o último debate eleitoral, o presidente Donald Trump dava prosseguimento à sua corrida desenfreada para recuperar terreno frente a Joe Biden, com dois comícios agendados no importante estado da Flórida nesta sexta-feira (23)

AFP
23/10/2020 às 19:05.
Atualizado em 24/03/2022 às 08:44

A 11 dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos e após o último debate eleitoral, o presidente Donald Trump dava prosseguimento à sua corrida desenfreada para recuperar terreno frente a Joe Biden, com dois comícios agendados no importante estado da Flórida nesta sexta-feira (23).

O duelo da véspera entre os dois candidatos em Nashville, Tennessee, foi muito mais fluido e construtivo do que o primeiro debate, marcado por interrupções e insultos.

Antes de embarcar para a Flórida, Trump anunciou uma nova conquista diplomática, a normalização das relações entre Sudão e Israel. "Acham que Joe poderia ter conseguido esse acordo?", alfinetou o presidente na Casa Branca, durante conferência telefônica com o premier de Israel, Benjamin Netanyahu.

Neste ciclo eleitoral incomum, mais de 50 milhões de pessoas já votaram antecipadamente devido à pandemia, o que representa mais do total dos votos antecipados de 2016. Este processo ainda não teve início em estados mais populosos, como Nova York.

- "Responsável por tantas mortes" -

Apesar de estar atrás nas pesquisas, Trump segue confiante em sua expectativa de levar os 29 votos eleitorais da Flórida, um estado-chave na corrida à Casa Branca. Esta é a terceira vez em três semanas que o presidente - que perde espaço entre os idosos - viaja até aquele estado do sul, conhecido por ter a maior proporção de aposentados do país, com mais de 20%.

Além de um comício em Pensacola, Trump buscará se aproximar dos 100.000 aposentados moradores da comunidade The Villages, que é um dos redutos do presidente. No entanto, este retrocesso no número de apoiadores idosos foi motivo de fortes tensões entre apoiadores e opositores do presidente republicano.

Embora os idosos tendam a se inclinar para o Partido Republicano, eles também são a população mais vulnerável ao coronavírus - que já deixou mais de 223.000 mortos nos Estados Unidos - o país com o maior número de mortes no mundo.

No fim de semana, Trump dará prosseguimento à sua maratona, com viagens para Carolina do Norte, Ohio e Wisconsin no sábado e com New Hampshire na programação de domingo. O presidente votará antecipadamente no início do sábado na Flórida, e seu vice-presidente, Mike Pence, já votou em Indianápolis.

Já Biden anunciou de sua residência em Wilmington, Delaware, seu plano para "vencer a Covid-19" e recuperar a economia, fortemente atingida pela crise do novo coronavírus. O candidato pretende distribuir gratuitamente a vacina contra a doença, promessa também feita por Trump.

Estes dois temas foram centrais no debate de ontem, o último duelo antes das eleições, que fecha uma campanha diferente em que um dos encontros teve de ser suspenso após o presidente - que havia sido diagnosticado com Covid-19 - recusar-se a realizá-lo de forma virtual.

"Qualquer um que seja responsável por tantas mortes não deve continuar sendo presidente dos Estados Unidos", afirmou Biden a Trump, alertando que o país vive um inverno "sombrio". O presidente acusou o rival de querer "fechar o país". "Não podemos nos trancar em um porão, como fez Joe", disse Trump, em alusão à campanha de seu rival.

- Debate mais fluido -

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