O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu nesta sexta-feira (10) "lutar" pela Venezuela e por Cuba durante uma visita à Flórida, um estado muito afetado pela pandemia do coronavírus, uma "praga" pela qual o presidente republicano novamente culpou a China
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu nesta sexta-feira (10) "lutar" pela Venezuela e por Cuba durante uma visita à Flórida, um estado muito afetado pela pandemia do coronavírus, uma "praga" pela qual o presidente republicano novamente culpou a China.
"Vamos lutar pela Venezuela. Vamos lutar pelos nossos amigos em Cuba", declarou Trump na sede do Comando Sul, responsável pelas operações militares dos Estados Unidos no Caribe, América Central e do Sul.
"Mantemos Cuba e Venezuela sob estrito controle", garantiu.
Desde que assumiu o cargo em 2017, Trump reverteu a aproximação entre Washington e Havana de seu antecessor democrata Barack Obama, reforçando o bloqueio em vigor desde 1962 contra o governo comunista da ilha, argumentando poe violações de direitos humanos e apoio ao governo de Nicolás Maduro na Venezuela, a quem ele considera um "ditador".
Mas, apesar de muitas sanções econômicas contra Caracas e de uma proposta diplomática de retirá-las gradualmente em uma transição para "eleições livres", Maduro permanece no poder com o apoio de Cuba, China e Rússia, seus principais credores e ultimamente do Irã.
Trump comemorou o "incrível sucesso" da vasta operação antidrogas lançada há três meses no Caribe, de olho na Venezuela, após a justiça americana acusar Maduro de "narcoterrorismo" e oferecer uma recompensa de 15 milhões de dólares por sua captura.
"Os Estados Unidos continuarão sua campanha de pressão máxima sobre o regime Maduro", afirmou o conselheiro de segurança nacional de Trump, Robert O"Brien.
O"Brien disse que Trump pergunta "quase todos os dias" o que pode ser feito para ajudar o povo venezuelano.
"Esta operação faz parte desse esforço", acrescentou.
Quando exilados cubanos e venezuelanos se reuniram em Doral, Trump destacou as "sanções históricas" contra Caracas e se gabou de ter "encerrado" a "traição" de Obama e seu vice-presidente Joe Biden ", com o regime de Castro."
"O que eles fizeram por Cuba é ridículo", disse Rosa María Payá, filha do falecido ativista de direitos humanos Oswaldo Payá, e Orlando Gutiérrez, um membro proeminente do exílio cubano na Flórida.
Também estavam presentes os venezuelanos Ernesto Ackerman, que pediu a Trump para "eliminar o socialismo em toda a América Latina", e Lorenzo Di Stefano, que instou o presidente a "continuar a aplicar mais pressão econômica" contra Caracas.
O cubano Mario Bramnick, um cristão evangélico que considera Trump um escolhido por Deus, pediu ao chefe de Estado americano que impeça o avanço do "novo socialismo" que, segundo ele, é representado por Biden, adversário do dirigente republicano nas eleições presidenciais de novembro.
"Você é o melhor presidente para nossa comunidade", disse para Trump, acrescentando em seguida em espanhol: "Te amamos mucho" ("Te amamos muito").
Sorrindo, Trump destacou como está indo "muito bem" nas pesquisas na Flórida, um estado crucial na corrida pela reeleição.