O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou nesta terça-feira (24) o tradicional indulto anual a um peru - que se livrará de acabar na mesa do jantar de Ação de Graças na quinta-feira -, no que pode ser o primeiro de vários perdões por vir
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou nesta terça-feira (24) o tradicional indulto anual a um peru - que se livrará de acabar na mesa do jantar de Ação de Graças na quinta-feira -, no que pode ser o primeiro de vários perdões por vir.
Esse estranho ritual presidencial que antecede o feriado nacional de quinta, quando mais de 45 milhões de perus serão consumidos em todo o país, contou com um Trump tranquilo.
"Que pássaro", disse ele a um grande peru branco chamado Corn (Milho) e observou que o Dia de Ação de Graças é um "dia especial para os perus", embora "no geral, não seja muito bom".
Essa tradicional cerimônia nada mais é do que uma sessão fotográfica peculiar.
O "perdão" deste ano chega, porém, em meio à recusa sem precedentes de Trump em aceitar sua derrota na eleição presidencial vencida pelo democrata Joe Biden.
Nesta terça-feira, o presidente retuitou uma foto dele com olhar desafiador sobre a mesa do Salão Oval com a legenda "Não concedo NADA!!!!!"
Desta vez, os jornalistas esmiuçaram cada sílaba, querendo ver se Trump finalmente admitiria que perdeu a eleição. Mas não houve concessões nem pistas.
Mais tarde, Trump apareceu ao lado do vice-presidente Mike Pence na sala de imprensa, mas apenas para emitir um comunicado sobre as altas históricas do mercado de ações dos Estados Unidos. E então saiu sem responder perguntas.
O evento realizado no Roseiral da Casa Branca marca uma das poucas aparições de Trump em uma cerimônia oficial desde sua derrota em 3 de novembro. Suas partidas de golfe têm sido mais frequentes do que seus eventos públicos, enquanto ele passa a maior parte do tempo tentando reverter os resultados eleitorais, sem sucesso.
Muitos líderes prestes a deixar o poder intensificam o uso do perdão presidencial enquanto fazem as malas na Casa Branca.
Tratam-se muitas vezes de demonstrações pouco controversas de misericórdia ou tentativas de promover a reconciliação nacional, como as anistias concedidas pelos presidentes Gerald Ford e Jimmy Carter para americanos que descumpriram o serviço militar obrigatório da Guerra do Vietnã.
Antes de deixar Washington, espera-se que Trump estenda seus indultos aos presos que receberam sentenças muito duras de prisão por crimes relativamente menores relacionados às drogas desde os anos 1990.
No entanto, o presidente republicano também cogitou opções mais polêmicas, como conceder perdão a amigos ou mesmo a pessoas já condenadas por crimes relacionados ao seu governo.
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