O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou nesta terça-feira (19) seu último dia completo na Casa Branca, com uma longa lista de indultos em mãos, horas antes de se ausentar da cerimônia de posse de seu sucessor, o democrata Joe Biden, que chegará a Washington nas próximas horas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou nesta terça-feira (19) seu último dia completo na Casa Branca, com uma longa lista de indultos em mãos, horas antes de se ausentar da cerimônia de posse de seu sucessor, o democrata Joe Biden, que chegará a Washington nas próximas horas.
Trump permanece em silêncio, enquanto o relógio avança para sua partida rumo a uma nova vida em sua residência do clube de golfe Mar-a-Lago, em Palm Beach.
Desde que o Twitter o vetou por suas constantes mensagens incendiárias e de desinformação, o presidente praticamente não se comunicou mais com os cidadãos.
Apesar disso, ainda teria de parabenizar Biden, ou convidá-lo para a tradicional xícara de chá no Salão Oval antes da posse.
Em vez disso, Trump passou esses últimos dias se reunindo com um círculo cada vez menor de nomes leais que o apoiaram por dois meses em seu esforço inútil de anular os resultados das eleições de novembro.
Esse esforço acabou em 6 de janeiro, com Trump incentivando uma multidão a marchar para o Congresso.
Para o magnata republicano, o principal assunto pendente é a lista de indultos que, conforme informado, ele está preparando.
Segundo a CNN e outros veículos americanos, Trump tem uma lista de aproximadamente 100 pessoas a serem indultadas.
Nessa lista devem estar, segundo o jornal The New York Times, uma mistura de criminosos de colarinho branco e pessoas cujos casos foram defendidos por ativistas da justiça.
Os indultos mais polêmicos estimados são para pessoas como Edward Snowden, Julian Assange e Steve Bannon - o influente conselheiro de Trump.
Se Trump chegar a indultar a si mesmo, ou sua família, o que não se espera que aconteça de acordo com as últimas informações da mídia local, é provável que aumente a ira entre os republicanos que o apoiaram no primeiro impeachment no Senado, onde em breve voltarão a votar um novo julgamento político contra o presidente.
A última pesquisa da Gallup divulgada na segunda-feira revelou uma taxa de aprovação do presidente de apenas 34%, seu nível mais baixo. Trump teve um apoio médio de 41% durante seu mandato, o mais baixo de todos os inquilinos da Casa Branca desde que a Gallup começou a fazer essa medição em 1938.
Enquanto isso, Biden, que é esperado em Washington nas próximas horas, trabalha nos preparativos finais de sua posse que contará com um pequeno público e grande esquema de segurança, uma das consequências dos tumultos pró-Trump, além de preocupações sobre a pandemia.
Biden, um senador democrata veterano que se tornou vice-presidente de Barack Obama, deve viajar para Washington nesta terça-feira com sua esposa, Jill Biden, a partir de sua cidade natal, Wilmington, Delaware.
Junto com sua futura vice-presidente, Kamala Harris, a primeira mulher a ocupar o cargo, Biden planeja um discurso sobre a crise da covid-19 no Reflecting Pond do Lincoln Memorial além de fazer um apelo à união dos americanos.