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Trump fecha lista de indultos em seu último dia no poder

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou nesta terça-feira (19) seu último dia completo na Casa Branca, com uma longa lista de indultos em mãos, horas antes de se ausentar da cerimônia de posse de seu sucessor, o democrata Joe Biden, e partir para a Flórida

AFP
19/01/2021 às 11:22.
Atualizado em 23/03/2022 às 21:00

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou nesta terça-feira (19) seu último dia completo na Casa Branca, com uma longa lista de indultos em mãos, horas antes de se ausentar da cerimônia de posse de seu sucessor, o democrata Joe Biden, e partir para a Flórida.

Biden será empossado na quarta-feira ao meio-dia, o que marcará o fim da presidência de Trump e fará os Estados Unidos virarem a página de alguns dos anos mais perturbadores e divisivos já vividos pelo país desde a década de 1960.

Biden, um veterano senador democrata que foi vice-presidente de Barack Obama, deve viajar para Washington nesta terça-feira com sua esposa, Jill, saindo de sua cidade natal, Wilmington, no estado de Delaware.

Junto com quem será sua vice-presidente, Kamala Harris, a primeira mulher a ocupar o cargo, Biden também deve pronunciar um discurso à tarde sobre a crise da covid-19 no Memorial Lincoln.

Trump permanece em silêncio, enquanto o relógio avança para sua partida rumo a uma nova vida em sua residência do clube de golfe Mar-a-Lago, em Palm Beach.

Desde que o Twitter o vetou por suas constantes mensagens incendiárias e de desinformação, o presidente praticamente não se comunicou mais com os cidadãos.

Apesar disso, ainda teria de parabenizar Biden, ou convidá-lo para a tradicional xícara de chá no Salão Oval antes da posse.

Em vez disso, Trump passou esses últimos dias se reunindo com um círculo cada vez menor de nomes leais que o apoiaram por dois meses em seu esforço inútil de anular os resultados das eleições de novembro.

Esse esforço acabou em 6 de janeiro, com Trump incentivando uma multidão a marchar para o Congresso.

Depois que a multidão rompeu a barreira policial, agrediu um policial que morreu horas depois e danificou o interior do Capitólio, a Câmara de Representantes abriu um novo processo de impeachment contra Trump. Este é o segundo em um único mandato, o que nunca aconteceu antes.

A última pesquisa do Gallup revelou na segunda-feira (18) que o presidente tem uma aprovação de apenas 34%, seu nível mais baixo. Ao longo do mandato, Trump manteve uma aprovação média de 41%, a mais baixa de todos os governantes desde que o Gallup começou a fazer esta sondagem, em 1938.

Enquanto isso, Biden dá os toques finais para uma cerimônia de posse que contará com uma pequena multidão e um forte esquema de segurança, outra das consequências do motim pró-Trump, além das preocupações existentes pela covid-19.

Trump emitiu uma série de ordens de última hora na segunda-feira, principalmente o levantamento das proibições de viagens impostas devido ao coronavírus à maior parte da Europa e ao Brasil.

Segundo a ordem do ainda presidente, as fronteiras devem reabrir a partir de 26 de janeiro, quase uma semana depois de deixar o cargo.

Quase imediatamente depois, a porta-voz de Biden, Jen Psaki, anunciou que a medida não será mantida.

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