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Trump está 'muito bem', segundo seus médicos, mas há muitos republicanos infectados

O presidente americano, Donald Trump, hospitalizado com covid-19 a um mês das eleições, não precisava de oxigênio suplementar e sua saúde melhorava, segundo sua equipe médica, enquanto a Casa Branca era fortemente criticada por suas informações oscilantes e negligência sanitária

AFP
03/10/2020 às 19:37.
Atualizado em 24/03/2022 às 11:12

O presidente americano, Donald Trump, hospitalizado com covid-19 a um mês das eleições, não precisava de oxigênio suplementar e sua saúde melhorava, segundo sua equipe médica, enquanto a Casa Branca era fortemente criticada por suas informações oscilantes e negligência sanitária.

Trump, de 74 anos, está "muito bem", não teve febre nas últimas 24 horas e seus sintomas melhoram, informou o médico da Casa Branca, Sean Conley, durante coletiva de imprensa em frente ao hospital militar Walter Reed, perto de Washington, aonde o presidente deu entrada na sexta-feira.

O presidente teve febre, tosse, uma leve congestão, mas os sintomas "diminuem e melhoram", acrescentou.

Nas últimas 24 horas, não teve febre e o nível de saturação de oxigênio em seu sangue é de 96%, ou seja, normal.

O presidente usou o Twitter neste sábado (3) para agradecer o pessoal médico e pedir votos em um novo plano de relançamento econômico.

No entanto, poucos minutos depois da coletiva de imprensa de sua equipe médica, outra fonte relacionada à saúde do presidente descreveu um panorama mais alarmista.

"Os sinais vitais do presidente nas últimas 24 horas têm sido muito preocupantes e as próximas 48 horas serão críticas no que diz respeito a seus cuidados. Ainda não estamos em um caminho claro rumo à sua completa recuperação", disse a fonte, que falou sob a condição do anonimato, mas que foi identificada pelo jornal New York Times como seu chefe de gabinete, Mark Meadows.

Outras declarações aumentaram a impressão de cacofonia dentro do Executivo.

Perguntado por jornalistas se Trump tinha recebido oxigênio suplementar, o doutor Conley limitou-se a responder que isto não aconteceu no sábado, na quinta ou depois de sua hospitalização, mas não explicou se isto ocorreu em algum momento.

Veículos de comunicação americanos, entre eles a rede ABC, confirmaram em seguida que o presidente havia necessitado de suplementação de oxigênio na sexta-feira na Casa Branca, ao apresentar dificuldades para respirar, antes de ser hospitalizado.

Tampouco se sabe quando o presidente testou positivo para a covid-19. O médico semeou dúvidas ao afirmar que haviam passado 72 horas do diagnóstico, uma declaração que contradiz outras anteriores e que significaria que ele testou positivo na quarta e não na quinta-feira, como tinha sido afirmado.

A Casa Branca se viu forçada a corrigir o profissional, destacando que Conley se referia ao terceiro dia com a doença e publicou em seguida uma carta, esclarecendo que o primeiro diagnóstico positivo foi na quinta-feira à noite.

"Apoiaram-se demais nos testes", criticou Ali Nouri, presidente da Federação de Cientistas dos Estados Unidos. "Ao não tornar obrigatório o uso de máscaras e o distanciamento físico, criaram um falso clima de confiança na Casa Branca.

"Espero que agora o presidente tome consciência", disse o cientista à AFP.

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