O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (18) que estava totalmente justificada a demissão de um inspetor do Departamento de Estado que, segundo os legisladores, estava investigando o secretário de Estado, Mike Pompeo, bem como uma venda de armas à Arábia Saudita
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (18) que estava totalmente justificada a demissão de um inspetor do Departamento de Estado que, segundo os legisladores, estava investigando o secretário de Estado, Mike Pompeo, bem como uma venda de armas à Arábia Saudita.
O inspetor demitido, Steve Linick, investigava uma denúncia de que Pompeo estava confiando tarefas domésticas, como passear com seu animal de estimação ou pegar roupas numa lavanderia, a um agente do Departamento pago com dinheiro público, segundo congressistas democratas.
Trump reconheceu que demitiu Linick na sexta-feira a pedido de Pompeo e disse que não sabia o porquê.
Questionado por jornalistas sobre a suposta investigação, ele afirmou mais tarde que tinha "todo o direito" de demitir o funcionário porque foi nomeado por seu antecessor, Barack Obama.
Pompeo disse pouco antes que Linick estava "minando" a missão do Departamento de Estado, sem especificar como, e confirmou, em uma entrevista ao The Washington Post, que havia recomendado sua remoção ao presidente Donald Trump.
"Não é possível que esta decisão" seja "fruto de uma vontade de represália contra uma investigação em curso", declarou ao jornal.
"Simplesmente porque não estou a par" desta investigação, acrescentou.
"Em geral, vejo estas investigações em sua última versão 24 ou 28 horas antes de o inspetor-geral se dispor a publicá-las", explicou Pompeo.
Membros democratas do Congresso abriram uma investigação sobre a demissão, alegando que ela poderia ser vista como retaliação ilegal.
Para o presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, o democrata Eliot Engel, a remoção pode estar ligada a outra investigação que Linick estava realizando.
"Sua equipe estava investigando - a meu pedido - a falaciosa declaração de emergência de Trump de enviar armas para a Arábia Saudita", declarou.
"Ainda não temos o quadro completo, mas é preocupante saber que o secretário de Estado Pompeo queria expulsar Linick", insistiu.
O governo Trump vendeu armas para Riad no ano passado sem a aprovação do Congresso, que tentou impedir o regime saudita de usar esse armamento no conflito no Iêmen, onde o reino realizou bombardeios pesados para combater os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã.