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Trump defende demissão de agente que estaria investigando Pompeo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (18) que estava totalmente justificada a demissão de um inspetor do Departamento de Estado que, segundo os legisladores, estava investigando o secretário de Estado, Mike Pompeo, bem como uma venda de armas à Arábia Saudita

AFP
18/05/2020 às 21:26.
Atualizado em 29/03/2022 às 23:28

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (18) que estava totalmente justificada a demissão de um inspetor do Departamento de Estado que, segundo os legisladores, estava investigando o secretário de Estado, Mike Pompeo, bem como uma venda de armas à Arábia Saudita.

O inspetor demitido, Steve Linick, investigava uma denúncia de que Pompeo estava confiando tarefas domésticas, como passear com seu animal de estimação ou pegar roupas numa lavanderia, a um agente do Departamento pago com dinheiro público, segundo congressistas democratas.

Trump reconheceu que demitiu Linick na sexta-feira a pedido de Pompeo e disse que não sabia o porquê.

Questionado por jornalistas sobre a suposta investigação, ele afirmou mais tarde que tinha "todo o direito" de demitir o funcionário porque foi nomeado por seu antecessor, Barack Obama.

Pompeo disse pouco antes que Linick estava "minando" a missão do Departamento de Estado, sem especificar como, e confirmou, em uma entrevista ao The Washington Post, que havia recomendado sua remoção ao presidente Donald Trump.

"Não é possível que esta decisão" seja "fruto de uma vontade de represália contra uma investigação em curso", declarou ao jornal.

"Simplesmente porque não estou a par" desta investigação, acrescentou.

"Em geral, vejo estas investigações em sua última versão 24 ou 28 horas antes de o inspetor-geral se dispor a publicá-las", explicou Pompeo.

Membros democratas do Congresso abriram uma investigação sobre a demissão, alegando que ela poderia ser vista como retaliação ilegal.

Para o presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, o democrata Eliot Engel, a remoção pode estar ligada a outra investigação que Linick estava realizando.

"Sua equipe estava investigando - a meu pedido - a falaciosa declaração de emergência de Trump de enviar armas para a Arábia Saudita", declarou.

"Ainda não temos o quadro completo, mas é preocupante saber que o secretário de Estado Pompeo queria expulsar Linick", insistiu.

O governo Trump vendeu armas para Riad no ano passado sem a aprovação do Congresso, que tentou impedir o regime saudita de usar esse armamento no conflito no Iêmen, onde o reino realizou bombardeios pesados para combater os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã.

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