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Trump comemora recorde de criação de empregos em junho, apesar da pandemia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou nesta quinta-feira (2) os dados que mostram que a economia criou o número recorde de 4,8 milhões de postos de trabalho em junho e uma consequente queda do desemprego, embora a recuperação enfrente como ameaça o aumento de casos da COVID-19 no país

AFP
02/07/2020 às 19:48.
Atualizado em 26/03/2022 às 21:35

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou nesta quinta-feira (2) os dados que mostram que a economia criou o número recorde de 4,8 milhões de postos de trabalho em junho e uma consequente queda do desemprego, embora a recuperação enfrente como ameaça o aumento de casos da COVID-19 no país.

A taxa de desemprego teve o segundo mês de queda, caindo para 11,1% em junho e superando as expectativas dos analistas. No entanto, assim como toda a economia, este indicador também depende de que a pandemia esteja sob controle.

Nos Estados Unidos, a COVID-19 já provocou mais de 128.000 mortes.

O confinamento para tentar conter o avanço do vírus fez a taxa de desemprego subir de 3,5%, em fevereiro, para 14,7%, em abril. Em maio, havia caído para 13,3%.

"Esta melhora no mercado de trabalho reflete a contínua recuperação da atividade, que caiu em março e em abril, devido à pandemia da COVID-19 e aos esforços para contê-la", afirmou o Departamento do Trabalho em um comunicado.

Ansioso por uma rápida recuperação da economia em sua busca pela reeleição em novembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não perdeu tempo e comemorou os números.

"O anúncio de hoje mostra que nossa economia está voltando a rugir", afirmou Trump, destacando que algumas áreas do país ainda estão apagando "as chamas" provocadas pelo coronavírus.

"A crise está sendo administrada", sentenciou Trump.

Wall Street também comemorou os dados e fechou o dia com um aumento no Dow Jones de 0,36% e na Nasdaq de 0,52%.

Em uma conferência virtual, o candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, expressou sua preocupação com o avanço do coronavírus, em um momento em que o país registra mais de 50.000 novos casos por dia.

"Não há vitória para comemorar quando continuamos com 15 milhões de empregos perdidos e a pandemia esteja piorando", disse o ex-vice-presidente de Barack Obama.

Outro informe divulgado hoje mostra que o número de demissões foi de 1,43 milhão, de acordo com os dados semanais dos novos pedidos de seguro-desemprego. Nas últimas quatro semanas, as demissões ficaram em torno de 1,5 milhão.

"Estes pedidos (de seguro-desemprego) não são um acréscimo. Indicam até que ponto as empresas e o governo continuam demitindo funcionários", explicou o economista Joel Naroff.

O especialista Gregory Daco, da Oxford Economics, advertiu que os números de junho têm todas as características de um "coquetel de verão", incluindo o risco de uma ressaca.

"Para além da aparência, o mercado de trabalho ainda enfrenta uma perda líquida de 14,7 milhões de empregos, devido à recessão global pelo coronavírus", acrescentou o analista.

As recontratações foram estimuladas por um imenso pacote de resgate aprovado pelo Congresso no final de março.

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