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Trump, a um passo de um segundo impeachment após o ataque ao Congresso dos EUA

Acusado pelos democratas de "incitar a insurreição", Donald Trump, que nega qualquer responsabilidade na invasão do Capitólio por seus apoiadores, provavelmente enfrentará nesta quarta-feira (13) a aprovação de um segundo processo de impeachment contra ele

AFP
13/01/2021 às 09:22.
Atualizado em 23/03/2022 às 22:57

Acusado pelos democratas de "incitar a insurreição", Donald Trump, que nega qualquer responsabilidade na invasão do Capitólio por seus apoiadores, provavelmente enfrentará nesta quarta-feira (13) a aprovação de um segundo processo de impeachment contra ele.

Uma semana depois do ataque que deixou cinco mortos em Washington, a Câmara de Representantes deve votar por volta das 15h locais(17h de Brasília).

Com o apoio dos democratas e de alguns republicanos, o impeachment contra Trump deve passar facilmente na Câmara baixa. O 45º presidente pode assim se tornar o primeiro na história do país a ser submetido ao julgamento político duas vezes.

A oposição acusa o presidente republicano de encorajar seus apoiadores, durante um comício em 6 de janeiro, a interromper a sessão de certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden.

Na terça-feira, Trump garantiu que não será afastado antes do final do mandato, em 20 de janeiro.

De Alamo, no Texas, para onde viajou para comemorar a construção do muro na fronteira com o México, ele tentou mostrar uma imagem menos agressiva.

"Agora é a hora de nossa nação se recuperar e é hora de paz e calma", disse ele.

Seu vice-presidente, Mike Pence, se recusou a invocar a 25ª Emenda à Constituição, que permitiria declarar o republicano inapto para o cargo.

Apesar dessa rejeição, a Câmara de Representantes aprovou uma resolução simbólica pedindo que ele invocasse essa emenda.

Embora esse texto tenha recebido apenas o aval de um republicano, a abertura de um impeachment contra Trump pode ter um apoio maior entre os membros de seu partido.

Cinco deles já manifestaram intenção de votar a favor do "impeachment", entre eles Liz Cheney, uma das líderes da minoria republicana e filha do ex-vice-presidente Dick Cheney.

"Esta insurreição causou ferimentos, mortes e destruição no espaço mais sagrado de nossa república", disse ela sobre a tomada do Congresso.

Mesmo assim, o resultado do julgamento no Senado é incerto, onde uma maioria de dois terços é necessária para condenar Trump.

Ao sair de Washington na manhã de terça-feira, Trump chamou o julgamento de impeachment promovido pelos democratas de "totalmente ridículo", dizendo que gerou um "ódio imenso" em todos os Estados Unidos.

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