O moderado Armin Laschet, o liberal Friedrich Merz, tenaz rival de Angela Merkel, e o independente Norbert Röttgen, capaz de surpreender, são os três candidatos à Presidência do partido conservador alemão União Democrata-Cristã (CDU)
O moderado Armin Laschet, o liberal Friedrich Merz, tenaz rival de Angela Merkel, e o independente Norbert Röttgen, capaz de surpreender, são os três candidatos à Presidência do partido conservador alemão União Democrata-Cristã (CDU).
Os militantes do partido da chanceler Angela Merkel elegem seu presidente neste sábado (14). Veja a trajetória política de cada um dos três candidatos:
Friedrich Merz, de 65 anos, quer a revanche sobre Angela Merkel a qualquer custo.
Este liberal foi candidato à Presidência da CDU no final de 2018, mas acabou derrotado por Annegret Kramp-Karrenbauer, então herdeira política da chanceler, que terminou renunciando ao cargo no início de 2020.
Este advogado, da Renânia do Norte-Vestfália, tem uma longa carreira política.
Foi eurodeputado (1989-1994), depois do Bundestag (1994-2009), e presidente do grupo CDU-CSU entre 2000 e 2002, antes de Merkel assumir o cargo, algo que Merz nunca perdoou.
Piloto amador de avião, liberal convicto - econômica e socialmente -, pai de três filhos, Merz defende uma postura firme na segurança e na imigração. Uma posição que poderia lhe permitir reconquistar os eleitores da CDU que votaram na extrema direita nas últimas eleições.
Apoiado pela base do partido, em particular pela Juventude da CDU, Merz, que contraiu covid-19, foi ofuscado nos últimos meses - porque não exerce responsabilidades locais - por líderes regionais que conduziram a pandemia com Merkel.
Sua passagem pelo fundo americano BlackRock e suas declarações recentes, ligando homossexualidade e pedofilia, ameaçam afastar o eleitorado moderado e ambientalista.
Este ex-jornalista, que completa 60 anos em 10 de fevereiro, encarna a continuação da era Merkel.
Laschet, um conservador moderado, é um aliado da chanceler com quem mantém uma relação de confiança. Este homem apoiou a política de recepção de refugiados em 2015.
Esta proximidade pode, no entanto, tornar-se um obstáculo, pois este católico praticante e convicto pró-europeu se esforça para se diferenciar da líder alemã, que está no poder há mais de 15 anos.
Em 1994, Laschet acedeu a uma cadeira no Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão, e cinco anos depois foi eleito eurodeputado.
Desde 2017, Laschet lidera a região mais populosa da Alemanha, a Renânia do Norte-Vestfália, onde teve de enfrentar a pandemia na linha de frente, com resultados mistos.