Como se a pandemia de COVID-19 fosse pouco, o México foi sacudido nesta terça-feira (23) por um terremoto de 7,5 de magnitude, que deixou cinco mortos e danos menores, além de provocar um alerta de tsunami para América Central, Equador, Peru e Havaí
Como se a pandemia de COVID-19 fosse pouco, o México foi sacudido nesta terça-feira (23) por um terremoto de 7,5 de magnitude, que deixou cinco mortos e danos menores, além de provocar um alerta de tsunami para América Central, Equador, Peru e Havaí.
As mortes ocorreram no estado de Oaxaca (sul), onde o tremor se originou às 10h29 locais (12h29 de Brasília), segundo relatórios da Proteção Civil e do Serviço Sismológico Nacional.
Um mulher morreu próximo a Crucerita, epicentro do terremoto, e outras quatro pessoas em cidades localizadas entre 100 a 150 km de distância.
Quatro morreram devido ao desabamento de estruturas e um trabalhador da estatal Petróleos Mexicanos caiu de uma parte alta da refinaria Salina Cruz, que suspendeu as operação após o princípio de um incêndio.
O movimento, que iniciou a cinco quilômetros de profundidade, pôde ser sentido em várias partes da capital, Cidade do México, onde duas pessoas ficaram feridas e centenas de pessoas foram para as ruas.
Seis horas após o tremor, haviam sido registrados 447 tremores secundários, o mais forte chegou a 4,6 de magnitude.
Em Oaxaca, o terremoto também deixou três feridos e danos leves a quatro hospitais, uma clínica, três igrejas, mercados e outros edifícios.
"Tivemos que sair porque existe o risco de o mercado desabar. Mal vendemos por causa da pandemia e agora, se o mercado ficar fechado, a situação vai piorar", disse Juana Martínez, vendedora de flores de 60 anos na cidade de Oaxaca.
Estradas da região também foram afetadas.
O presidente Andrés Manuel López Obrador pediu calma e descartou danos à vital infraestrutura de petróleo e energia, assim como a portos e aeroportos. "Tudo está em boas condições", disse ele em um vídeo postado nas mídias sociais.
O forte tremor causou pânico na Cidade do México, onde vivem 8,8 milhões de pessoas, afetada em 2017 por um terremoto de 7,1 graus que deixou 369 mortos em todo o país.
A prefeita da capital, Claudia Sheinbaum, confirmou dois feridos na cidade e "algumas quedas de cercas e fachadas". Após o terremoto, o governo norte-americano emitiu um alerta de tsunami para a costa do Pacífico mexicano, América Central, Equador, Peru e Havaí, advertindo para ondas de até três metros de altura e que podem ser sentidas em qualquer lugar a menos de 1.000 km do epicentro do terremoto.
Na capital, o alerta sísmico soou antes que o tremor fosse perceptível, fazendo com que várias pessoas fossem para a rua sem máscaras de proteção contra o novo coronavírus.