A política migratória do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de separação de famílias de migrantes, implementada em 2018, voltou à tona nesta quarta-feira (7) em sua campanha eleitoral, após a publicação de uma reportagem no New York Times, segundo a qual o então procurador-geral teria ordenado "tirar os filhos" dos imigrantes
A política migratória do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de separação de famílias de migrantes, implementada em 2018, voltou à tona nesta quarta-feira (7) em sua campanha eleitoral, após a publicação de uma reportagem no New York Times, segundo a qual o então procurador-geral teria ordenado "tirar os filhos" dos imigrantes.
O jornal norte-americano publicou uma reportagem baseada em um rascunho do relatório do inspetor-geral do Departamento de Justiça, Michael E. Horowitz.
De acordo com a publicação baseada em notas de pessoas que estavam em uma reunião, o então procurador-geral Jeff Sessions disse aos procuradores do governo: "Temos que tirar os filhos deles".
Sessions - que chefiou o Departamento de Justiça em 2017 e 2018 - se distanciou da polêmica e afirmou em entrevista que o governo "nunca teve a intenção de fazer isso".
Em 2018, Trump decretou uma política de "tolerância zero" na fronteira com o México diante da crescente chegada de imigrantes em situação irregular, a maioria deles famílias da América Central fugindo da pobreza e da violência em seus países.
Esse plano envolvia a separação de cerca de 2.700 crianças de seus pais para coibir a imigração, mas diante da onda de indignação nos Estados Unidos e no exterior, o presidente decidiu suspender a sua aplicação.
Menos de um mês antes das eleições, o candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, gerou polêmica, dizendo que "as famílias fugiam da perseguição e da violência em busca de segurança".
"Em vez de lhes dar refúgio, o governo de Donald Trump tirou seus filhos deles", disse Biden no Twitter. "O objetivo era a crueldade", acrescentou.
O presidente do Comitê Nacional Democrata, Tom Perez, também entrou na polêmica, dizendo: "Não importa quantos anos passem, esses horrores vão contaminar nossa história".
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