Um plebiscito convocado pelo líder da oposição venezuelana Juan Guaidó para estender seu mandato no Parlamento começou nesta segunda-feira (7) e vai até sábado, em resposta às questionadas eleições legislativas realizadas no domingo
Um plebiscito convocado pelo líder da oposição venezuelana Juan Guaidó para estender seu mandato no Parlamento começou nesta segunda-feira (7) e vai até sábado, em resposta às questionadas eleições legislativas realizadas no domingo.
"É a oportunidade de transformar essa rejeição (...) em força, em mobilização", disse, em entrevista coletiva, Guaidó, reconhecido como presidente encarregado da Venezuela por cinquenta países.
O dirigente comemorou a "incrível participação" registrada até agora no primeiro dia da consulta, que não conta com o aval da autoridade eleitoral, na linha governista.
Ele garantiu que tem sido "maior" do que o esperado, embora não tenha especificado números.
Guaidó busca validar a tese de "continuidade" de sua legislatura com esta "consulta popular", que em todo caso será nada mais que testemunhal, já que o presidente Nicolás Maduro exerce o controle territorial e institucional com o apoio da cúpula militar, considerada o seu principal suporte.
O partido de Maduro venceu as eleições de domingo, com altíssima abstenção e rejeição internacional, e deve assumir o controle do Parlamento em 5 de janeiro.
Guaidó e a maioria dos partidos de oposição decidiram não participar dessas eleições, que chamaram de fraudulentas, e optaram por este plebiscito com dois mecanismos de participação: virtual e presencial, este último marcado para sábado com barracas de rua e ativistas itinerantes na Venezuela e 300 cidades no exterior.
Já houve uma consulta independente em 2017 contra uma Assembleia Constituinte proposta por Maduro, na qual a oposição afirmou conquistar 7,5 milhões de votos. Ainda assim, a Assembleia foi instalada e assumiu na prática as funções do Parlamento.
No Parlamento, sob controle da oposição desde 2016, Guaidó reivindicou a Presidência encarregada em 2019, depois que a Câmara declarou o presidente um "usurpador" por ter sido eleito em eleições "fraudulentas" em 2018.
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