INTERNACIONAL

Talibãs rejeitam proposta do governo sobre libertação de prisioneiros

Os talibãs rejeitaram nesta quarta-feira a oferta do governo afegão de libertar progressivamente e durante vários meses 5

AFP
11/03/2020 às 11:06.
Atualizado em 07/04/2022 às 08:32

Os talibãs rejeitaram nesta quarta-feira a oferta do governo afegão de libertar progressivamente e durante vários meses 5.000 prisioneiros insurgentes em troca de uma redução substancial da violência no país, informou um porta-voz do grupo à AFP.

"Os 5.000 prisioneiros devem ser libertados ao mesmo tempo", declarou Suhail Shaheen, assegurando que para isto serão necessárias "negociações" entre os insurgentes e o governo de Cabul.

As negociações, que deveriam ter começado na terça-feira, foram adiadas por falta de acordo entre as partes sobre a libertação dos prisioneiros.

Para os talibãs, a troca de presos, que está no acordo assinado em Doha em 29 de fevereiro, é um requisito imprescindível para a abertura das negociações de paz.

O presidente afegão, Ashraf Ghani, havia rejeitado a ideia, mas terminou fazendo a proposta na quarta-feira.

De acordo com seu porta-voz, Sediq Sediqqi, "a libertação de 1.500 presos talibãs" começaria no sábado, com uma média de 100 detentos ao dia.

Assim que as negociações entre Cabul e os insurgentes começarem, 500 presos serão libertados a cada duas semanas até alcançar a marca de 5.000, desde que a violência diminua de maneira significativa", explicou o porta-voz. Mas a proposta não foi aceita pelos talibãs.

Fontes do governo dos Estados Unidos, preocupados com a possibilidade de que o processo de paz descarrile e não acabe com a guerra mais longa de sua história, pediram aos dois lados que se reúnam em Doha para discutir a troca de prisioneiros e iniciar as negociações internas afegãs.

str-us-emh-eb/jf/lch/bl/af/fp

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