INTERNACIONAL

Sonda chinesa pousa na Lua para coletar amostras do solo

Uma sonda chinesa conseguiu pousar com êxito na Lua nesta terça-feira (1), em um novo marco para o programa espacial de Pequim que, neste caso, visa a trazer de volta à Terra amostras do solo lunar

AFP
01/12/2020 às 16:40.
Atualizado em 24/03/2022 às 02:59

Uma sonda chinesa conseguiu pousar com êxito na Lua nesta terça-feira (1), em um novo marco para o programa espacial de Pequim que, neste caso, visa a trazer de volta à Terra amostras do solo lunar.

Esta missão constitui uma nova etapa do ambicioso programa espacial chinês, que levou um robô teleguiado à face oculta da Lua no começo de 2019, algo inédito no mundo.

A China tem investido bilhões de dólares em seu programa espacial, com a esperança de contar com uma estação espacial tripulada em 2022 e, eventualmente, enviar seres humanos à Lua.

O objetivo dessa nova missão é trazer amostras de poeira e rochas lunares para ajudar os cientistas a entenderem melhor as origens da Lua, sua formação e atividade vulcânica em sua superfície.

A sonda Chang"e-5 "alunissou na face visível da Lua na tarde de terça-feira", informou a agência estatal de notícias Xinhua, citando a Administração Espacial Nacional Chinesa.

Se tiver sucesso, a China será o terceiro país a extrair amostras do satélite natural da Terra, depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética nas décadas de 1960 e 1970.

A sonda Chang"e-5, assim chamada por causa de uma deusa da Lua na mitologia chinesa, entrou na órbita lunar no sábado após 112 horas de viagem, acrescentou a Xinhua, após ser lançada da província de Hainan (sul), na semana passada.

A sonda Chang"e-5 vai coletar dois quilos de material da superfície em uma zona inexplorada conhecida como Oceanus Procellarum ("Oceano das Tempestades"), que consiste em uma vasta planície de lava, de acordo com a revista Nature.

Espera-se que a nave colete o material em um dia lunar, o equivalente a cerca de 14 dias na Terra.

As amostras serão enviadas à Terra em uma cápsula que deverá aterrissar na região chinesa da Mongólia Interior (norte) no início ou em meados de dezembro, segundo a Nasa.

Esta operação ambiciosa também permitirá ao gigante asiático testar novas tecnologias, cruciais para enviar astronautas à Lua até 2030.

Os planos para o "sonho espacial" da China, como o denomina o presidente Xi Jinping, foram lançados durante o seu governo.

O objetivo é se equiparar com a Europa, a Rússia e os Estados Unidos em feitos espaciais.

Esta não foi a primeira vez que a China enviou uma sonda à lua no âmbito do programa Chang"e.

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