Uma menina indígena de 15 anos foi estuprada e sequestrada por um grupo de soldados em setembro de 2019 no sul da Colômbia, em um novo caso de violência sexual envolvendo o exército
Uma menina indígena de 15 anos foi estuprada e sequestrada por um grupo de soldados em setembro de 2019 no sul da Colômbia, em um novo caso de violência sexual envolvendo o exército.
A menor, pertencente ao grupo étnico Nukak Makú, "foi supostamente sequestrada e abusada sexualmente em 8 de setembro de 2019 por um grupo de soldados do batalhão Joaquín París", que opera no departamento de selva de Guaviare, segundo uma informação divulgada nesta segunda-feira pela Fundação de Paz e Reconciliação (Pares).
A organização que investiga o conflito armado garantiu que a jovem havia sido repetidamente atacada "especialmente por dois soldados" dentro das instalações do batalhão.
Os abusos supostamente ocorreram entre 8 e 13 de setembro de 2019, de acordo com o relatório do investigador e vice-diretor da Pares, Ariel Ávila.
Em um comunicado, o exército condenou o incidente e garantiu que iniciou uma investigação disciplinar "assim que tomou conhecimento da denúncia.
O caso se une a outro divulgado em 25 de junho e que chocou a Colômbia.
Naquele dia, as autoridades indígenas relataram que uma menina de 13 anos foi sequestrada e estuprada por soldados que patrulhavam o território da comunidade Embera Chamí, no oeste da Colômbia.
Sete soldados foram acusados de estupro de menor e agora estão detidos em uma guarnição militar onde aguardam o julgamento.
Segundo dados da autoridade forense na Colômbia, em 2019, mais de 22.000 menores de 18 anos foram vítimas de crimes sexuais e 708 de homicídio.
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