O governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou nesta sexta-feira (25) que uma "sobrecarga" foi a "principal causa" do naufrágio que deixou mais de 30 migrantes venezuelanos mortos este mês após terem partido rumo a Trinidad e Tobago clandestinamente
O governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou nesta sexta-feira (25) que uma "sobrecarga" foi a "principal causa" do naufrágio que deixou mais de 30 migrantes venezuelanos mortos este mês após terem partido rumo a Trinidad e Tobago clandestinamente.
"A principal causa do naufrágio foi a sobrecarga da embarcação tipo pesqueiro de fibra de vidro, que tendo capacidade para 8 pessoas e um peso máximo de duas toneladas, transportava 41 pessoas e um peso aproximado de 4 toneladas", destacou o Ministério do Interior e da Justiça em um comunicado.
Além disso, "não contavam com coletes salva-vidas, nem os implementos de segurança necessários para a navegação; unido ao mau tempo predominante na região", que gerou ondas de dois a três metros, informou o texto.
Segundo as autoridades venezuelanas, o naufrágio da embarcação "Mi recuerdo" ocorreu em 6 de dezembro a 11 milhas náuticas (20,3 km) da costa de Güiria, localidade remota situada no estado de Sucre (nordeste).
O local é um dos principais pontos de saídas ilegais rumo à vizinha Trinidad e Tobago, cujo fluxo aumentou em meio à crise socioeconômica na antiga potência petroleira.
Segundo o último balanço oficial, divulgado em 19 de dezembro, a ministra do Interior, Carmen Meléndez, confirmou 29 mortos.
Mas de acordo com informação fornecida à AFP nesta sexta por parentes das vítimas, até o momento foram resgatados 34 corpos.
Desde 2018, mais de uma centena de pessoas morreram ou desapareceram nesta travessia.
mbj/gma/mvv