Saúde

Sindicato questiona carga horária de servidores

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Piracicaba está solicitando a intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) para solucionar casos de servidores da Saúde que atuam nas UPAS “em jornada de revezamento exaustiva, com horário ininterrupto”. Prefeitura confirma reunião com MPT

Da Redação
17/06/2023 às 05:52.
Atualizado em 17/06/2023 às 05:52

Osmir Bertazzoni, diretor do Sindicato dos Municipais: “São muitos prejuízos aos servidores” (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

O departamento jurídico Sindicato dos Trabalhadores Municipais enviou ao Ministério Público do Trabalho (MPT) ofício relatando problemas enfrentados pelos servidores da saúde, especialmente das UPAs. Eles estariam, segundo a entidade, trabalhando em jornada de revezamento exaustiva, com horário ininterrupto, independente do rodízio de horário dos trabalhadores que promove revezamento das equipes.

Sendo assim, o sindicato solicitando ao MPT, em caráter de urgência, a intermediação para solucionar o problema. O documento encaminhado afirma que as ações que exigem o cumprimento de normas de medicina do trabalho se inserem na competência constitucional da Justiça do Trabalho, ainda que se trate da administração pública.

A diretoria do sindicato defende que, para o bom desempenho laboral, o horário do trabalhador deve ser adaptado e que a inversão frequente de horários atrapalha tanto a vida profissional, pessoal e a saúde do trabalhador, uma vez que está se misturando jornada diurna com noturna. 

De acordo com o documento: “A Constituição Federal, em seu artigo 37, inciso XVI, "c", autoriza a acumulação remunerada de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas, quando houver compatibilidade de horário e desde que seja respeitado o teto constitucional”. 

“São muitos prejuízos aos servidores que executam esta jornada de trabalho exaustiva. A obrigatoriedade de rodízio de horário dos profissionais, além de excessivamente desgastante e não produzir eficiência e qualidade da assistência a população também restringe a atuação destes profissionais em unidades diferentes”, afirma nota do sindicato à imprensa.

O documento ao MPT observa ainda que somente os trabalhadores das Unidades de Urgência e Emergência de Piracicaba exercem jornadas laborais com a referida prejudicialidade. “Outras secretarias, em áreas distintas, hospitais públicos ou privados seguem rotinas de respeito, sem aborrecimentos a municipalidade”, afirma o diretor da entidade, Osmir Bertazzoni.

“Assim, diante da complexidade do problema, a entidade solicita a intermediação do MPT através de reunião presencial, notificando ao Munícipio de Piracicaba para a participação da Secretaria de Saúde e da Procuradoria Geral, a fim de trazer solução às questões, finaliza a nota da entidade.

Prefeitura
Questionada sobre a ação do Sindicato dos Municipais, a Prefeitura, por meio do Centro de Comunicação Social emitiu nota informando: “A Secretaria de Saúde informa que foi agendada uma reunião com o MPT (Ministério Público do Trabalho) na próxima segunda-feira, 19/6”.

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