Moradias estudantis

Setor imobiliário aquece com início das aulas universitárias

Apartamentos pequenos são preferência

Romualdo Cruz Filho
31/01/2023 às 06:26.
Atualizado em 31/01/2023 às 06:26
Imóveis pequenos, de um ou dois quartos, são os mais procurados pelos estudantes (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

Imóveis pequenos, de um ou dois quartos, são os mais procurados pelos estudantes (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

Aluguéis de imóveis crescem com o início das aulas universitárias. O movimento, que começa em dezembro se acentua em fevereiro e diminui apenas a partir da primeira quinzena de março, voltou com força. Angelo Frias Neto, diretor regional da Secovi-SP e diretor da Frias Neto Consultoria de Imóveis, acredita que a retomada das atividades presenciais nas faculdades fez com que a procura por imóveis para este público já tenha recuperado a dinâmica pré-pandêmica.

Eduval Marques, diretor da Imobiliária São Judas Tadeu, garante que os aluguéis para estudantes chegam a crescer 70% no período em relação às outras épocas do ano, sendo que 90% dos imóveis alugados são pequenos, com até dois quartos ou mesmo kitinets. De preferência, localizados próximo de onde se vai estudar. Ele observa também que tem crescido, ainda que de forma modesta, a procura por imóveis para comprar.

“Os pais pensam muito na continuidade do estudo: graduação, pós, doutorado, enfim, e consideram vantajosa a aquisição do imóvel já que o filho ou filha vai permanecer na cidade por uma longa temporada”.

A Imobiliária ATO definiu inclusive uma estratégia para captar esse público para seus imóveis, a partir de parcerias com as atléticas dos centros educacionais.

“É um período de crescimento orgânico natural para o setor. Mas traçamos uma estratégia com o uso do Instagram e funcionou muito bem. Estamos inclusive surpresos”. Segundo João Freitas Ferreira, supervisor de marketing da empresa, os pais e alunos acabam optando por imóveis próximos das escolas, sendo em sua maioria apartamentos com apenas um dormitório e ar-condicionado. 

Eduval confirma que a procura por imóveis menores tem predominado, o que demonstra uma nova tendência do mercado. “Aquela imagem de república com 10, 15 alunos tende a desaparecer e começa a se sobressair moradias para grupos bem reduzidos ou ainda para uma só pessoa”. No seu entender, essa mudança pode estar relacionada à segurança e também aos vizinhos, que reclamam muito de festas até altas horas da noite e barulhentas”.

Frias Neto observa ainda que tem havido também muita procura por imóveis para famílias cujos pais estão imigrando para a cidade.

“Ele chegam no início do ano para se adequar às necessidades dos filhos, que iniciam o ano letivo em uma nova escola. São profissionais da indústria, autônomos, prestadores de serviços em geral, ou até mesmo empresários, com filhos, que preferem fazer a mudança de cidade em janeiro por causa do período escolar. “Aluguel, portanto, que está relacionado também a uma demanda estudantil”.

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