Após nove horas de estagnação no Senado, os democratas e a Casa Branca conseguiram convencer um senador moderado a votar uma emenda de compromisso sobre o seguro-desemprego, no âmbito do pacote de estímulo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden
Após nove horas de estagnação no Senado, os democratas e a Casa Branca conseguiram convencer um senador moderado a votar uma emenda de compromisso sobre o seguro-desemprego, no âmbito do pacote de estímulo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Este acordo abre caminho para a retomada da votação na Câmara Alta sobre este plano de quase US$ 1,9 trilhão, que pode ser finalizado neste fim de semana.
Depois de aprovado, o plano retornará à Câmara dos Representantes, controlada pelos democratas, para uma votação final.
Os democratas têm uma maioria muito pequena no Senado. Eles controlam o mesmo número de cadeiras que os republicanos (50), mas, em caso de empate, a vice-presidente Kamala Harris representa o voto do minerva.
O líder dos senadores democratas, Chuck Schumer, acreditava na quinta-feira poder contar com todos os votos de seu partido e que "nesta semana" o plano poderia ser aprovado.
Mas um senador democrata conservador, Joe Manchin, interrompeu inesperadamente a análise do texto nesta sexta-feira, mais uma vez demonstrando o imenso poder dos moderados na Câmara Alta.
Por mais de nove horas, Biden e os democratas negociaram com esse senador que se manifestou contra o seguro-desemprego; resultado de negociações de última hora.
Ao mesmo tempo, os republicanos estavam tentando ganhar o apoio de Manchin para sua própria emenda.
"Chegamos a um compromisso que permite que a economia reinicie rapidamente, evitando que quem recebe seguro-desemprego seja afetado por impostos imprevistos no ano que vem", anunciou o senador por fim.
Essa emenda prevê benefícios semanais de desemprego de US$ 300, liberados durante a pandemia, que durarão até "o final de agosto", revelou Manchin.
Os americanos que ganham menos de US$ 150.000 por ano poderão deduzir de seus impostos 10.200 recebidos por esse tipo de ajuda em 2020.
Esse limite não existia na primeira emenda rejeitada por Manchin, que também previa a prorrogação da ajuda por mais um mês, até o final de setembro.
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