O veto de Donald Trump a uma resolução que buscava limitar seu poder de atacar o Irã passou por uma votação no Senado dos Estados Unidos, onde era necessária uma maioria de dois terços para anular a decisão presidencial
O veto de Donald Trump a uma resolução que buscava limitar seu poder de atacar o Irã passou por uma votação no Senado dos Estados Unidos, onde era necessária uma maioria de dois terços para anular a decisão presidencial.
Os senadores votaram por 49 a 44 para apoiar a resolução aprovada pelo Congresso no começo do ano, que o presidente republicano classificou de tentativa "muito insultante" de limitar sua autoridade. Diante deste resultado, o veto de Trump se mantém de pé e o presidente poderia ordenar atos hostis contra a república islâmica.
A resolução bipartidária dizia que o presidente não pode comprometer as forças americanas ou qualquer parte do governo ou Exército para atacar o Irã sem autorização explícita do Congresso. Republicanos e democratas impulsionaram esta medida por medo de que a Casa Branca entre em guerra com a república islâmica.
Trump prega a necessidade de reduzir as tropas americanas no exterior, mas intensificou a hostilidade em relação ao Irã, e seu governo impôs sanções econômicas paralisantes a Teerã. Em janeiro, ordenou o ataque com drones que matou o general iraniano Qasem Soleimani no aeroporto de Bagdá, o que elevou a tensão entre os dois países.
O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, apoiou o presidente: "Temos que manter a medida de despersuasão que restabelecemos com o golpe decisivo contra Soleimani", disse McConnell antes da votação. "Isto começa hoje, com a defesa do veto legítimo do presidente a uma resolução equivocada dos poderes guerra."
Segundo o senador democrata Tim Kaine, Trump tem um mau entendimento fundamental" do mandato do Congresso em matéria de guerras, e o Congresso não é obrigado a jogar o jogo do presidente. "Temos nossas próprias responsabilidades independentes, que juramos fazer com que fossem cumpridas."
Esta é a segunda vez que Trump veta restrições do Congresso a suas iniciativas militares. A anterior foi o bloqueio de uma resolução para encerrar o apoio dos Estados Unidos à ofensiva da Arábia Saudita no Iêmen.
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