É contra o superintendente da autarquia por suposta distribuição irregular de água
Conforme denúncia, foram sete caminhões de água liberados para atender o condomínio (Christiano Dihel Neto/Gazeta de Piracicaba)
Nova denúncia contra o superintendente do Semae, João Vitor, chegou à Gazeta. Desta vez, ele estaria envolvido na entrega de caminhões de águas para um condomínio particular da cidade, exatamente no endereço em que ele reside. A desculpa foi falta de água no condomínio. Mesmo assim, a distribuição de água tratada é irregular.
Por lei do Semae, é proibida a distribuição de água tratada a particulares. É permitida apenas aos espaços públicos municipais, como hospitais, escolas, reservatórios de bairros quando falta água, entre outros. Quando alguma demanda dessa natureza é feita, os atendentes da autarquia a direciona para empresas privadas que prestam esse tipo de serviço na cidade e são cadastradas no Semae.
O mais grave, de acordo com a denúncia em anonimato, é que, para dar ar de legalidade ao processo, foi feita uma ordem de serviço fria. Três caminhões de água, com 24 mil litros cada, saíram à noite para a entrega, sendo sete ao todo. Os outros quatro foram mesmo à luz do dia. A ordem de serviço foi feita por um subordinado de João Vitor e não passou pela Central 115, que é o setor qualificado que deveria elaborá-la conforme as regras leais.
Ainda não se sabe se houve guia de pagamento da água para o Semae. Porque se entrou, entrou depois da ação da entrega dos caminhões, o que também é irregular. O motorista do dia, que fez o transporte, sabe que o processo foi todo fora de protocolo, mas como subordinado, foi obrigado a cumprir ordens. Se convocado, ele estaria disposto a relatar como se deu toda a história.
A Gazeta entrou em contato com a Prefeitura para obter uma resposta a respeito, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.