A covid-19 já faz parte de nossas vidas, seis meses após ser considerada uma pandemia pela OMS. Um inimigo íntimo do qual aprendemos muito, embora ninguém possa responder a esta pergunta: o que nos espera futuramente?- A epidemia recomeçará?Depois de uma temporada de verão sem o respeito das medidas de precaução, as contaminações têm aumentado drasticamente na Europa
A covid-19 já faz parte de nossas vidas, seis meses após ser considerada uma pandemia pela OMS. Um inimigo íntimo do qual aprendemos muito, embora ninguém possa responder a esta pergunta: o que nos espera futuramente?
- A epidemia recomeçará?
Depois de uma temporada de verão sem o respeito das medidas de precaução, as contaminações têm aumentado drasticamente na Europa. É o caso da França, Espanha ou Grã-Bretanha, ainda que estejamos bem abaixo do nível atingido no pico da epidemia, em março/abril.
"Milhares de casos por dia é muito (...) É necessariamente preocupante", avaliou o ministro da Saúde francês, Olivier Véran, na rádio France Inter.
Se esta tendência continuar, o Reino Unido viverá "um período turbulento nos próximos meses", acrescentou à BBC Jonathan Van-Tam, um dos chefes dos serviços de saúde britânicos.
Um aumento no número de pessoas infectadas levará "mecanicamente" a um aumento de casos graves, com algumas semanas de atraso, alertou Véran. Mas em que proporções? Este é o ponto principal.
Escaldados pela primeira onda, muitos médicos temem que os hospitais e unidades de terapia intensiva acabem sendo sobrecarregados novamente nos próximos meses, como em março.
Atualmente, o vírus circula principalmente entre os jovens, uma população de baixo risco, mas os idosos e aqueles com saúde precária serão inexoravelmente afetados, alertam.
Menos pessimistas, outros argumentam que o risco de saturação dos hospitais é menor, em particular porque as pessoas em risco respeitam melhor os gestos de barreira.
Os mais otimistas, por fim, contam com a existência de uma imunidade adquirida durante a primeira onda, que bloquearia a segunda e evitaria a repetição do desastre de março.
Mas isso é apenas um palpite. Por outro lado, todos insistem na importância dos gestos de barreira e do uso de máscara.
- Reinfecções e imunidade
Alguns casos de pacientes curados e infectados novamente foram identificados nas últimas semanas em todo o mundo, relançando a incômoda questão da imunidade.
O primeiro caso confirmado de reinfecção, um homem de 30 e poucos anos de Hong Kong, adoeceu mais na primeira vez do que na segunda. Os especialistas veem isso como um motivo de esperança e um sinal de que seu sistema imunológico aprendeu a se defender após a primeira infecção.