Manifestantes enfrentaram a polícia na quarta-feira, durante a segunda noite de protestos na cidade americana de Minneapolis após a morte de um homem negro por um policial, que pressionou o pescoço da vítima com o joelho por 10 minutos
Manifestantes enfrentaram a polícia na quarta-feira, durante a segunda noite de protestos na cidade americana de Minneapolis após a morte de um homem negro por um policial, que pressionou o pescoço da vítima com o joelho por 10 minutos.
Os protestos e atos violentos prosseguiram até a madrugada de quinta-feira e terminaram com um homem morto a tiros.
A morte de George Floyd, 46 anos, provocou revolta na cidade de Minnesota, onde, pelo segundo dia consecutivo, foram registrados protestos.
A polícia usou gás lacrimogêneo e formou uma barricada humana para evitar que os manifestantes pulassem a cerca ao redor da delegacia onde os agentes acusados de matar Floyd trabalhavam.
Os manifestantes incendiaram uma loja de autopeças e saquearam outro estabelecimento nas proximidades.
Em meio aos incêndios e atos violentos registrados durante a noite, um homem foi morto por um tiro na área das manifestações, anunciou a polícia, que prendeu um suspeito.
Em outros pontos da cidade, como o local onde aconteceu a detenção de Floyd, manifestantes se reuniram pacificamente para exigir "justiça".
Os protestos também aconteceram em outras cidades dos Estados Unidos, como Los Angeles.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou a morte de Floyd de "triste e trágica" em um tuíte. Os quatro agentes envolvidos foram demitidos.
"Precisamos continuar lutando pela justiça", disse Will Wallace, um dos manifestantes.
A Promotoria informou que pediu a ajuda do FBI na investigação do caso, o que pode implicar que os agentes cometeram um crime federal.
"Quero que esses policiais sejam acusados de assassinato, porque foi exatamente isso que eles cometeram assassinato contra meu irmão", disse à NBC Bridgett Floyd, irmã de George Floyd. "Eu tenho fé e acredito que a justiça será feita".
Floyd morreu na noite de segunda-feira, depois de ficar deitado de bruços por pelo menos 10 minutos, enquanto um policial pressionava seu pescoço com o joelho.
"Não consigo respirar", implorou o homem, segundo o áudio de um vídeo de vários minutos filmado por um transeunte que viralizou.
O policial, um homem branco, diz para ele ficar calmo. Um segundo policial mantém os transeuntes à distância enquanto Floyd não se mexe e parece inconsciente.
Um novo vídeo pode descartar as alegações da polícia de que o homem, suspeito de tentar passar uma nota falsa de 20 dólares, resistiu à prisão.